Wanderlândia Maria sobreviveu a um espancamento por mais de quatro horas do ex-namorado e decidiu procurar a Justiça para deter seu agressor. “Ele me estuprou e me violentou de todas as formas”, afirmou, em entrevista à repórter Lídia Lemos, da Diretoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL).

Foram mais de quatro horas de espancamentos e estupro praticados pelo ex-namorado, em 2017. Wanderlândia Maria, então, decidiu procurar a Justiça para deter seu agressor, que foi preso e, tempos depois, condenado, estando fora de circulação e impedido de agredir outras mulheres.

Ao acionar o Poder Judiciário, Wanderlandia pensou nela e, também, nas futuras e possíveis vítimas de seu algoz. “A agressão e o estupro foram praticados cinco meses após o término do namoro”, recorda. Após o rompimento, o agressor ligava inúmeras vezes e afirmava que, se ela não fosse dela, não seria de mais ninguém.

“Socos, chutes, puxão de cabelo. Arrancou cabelos. Perfurou meus pés. Se Deus me permitiu estar viva, precisava denunciar o agressor”, afirma. O depoimento completo de Wanderlandia pode ser visto no perfil do TJAL no Instagram.

A vítima precisou de apoio das pessoas próximas para ter coragem de denunciar, precisou de acompanhamento psicológico para se restabelecer e retomar a vida. Hoje, Wanderlândia dá palestras sobre empoderamento feminino e sobre a importância de recorrer à Justiça para romper os ciclos de violência contra a mulher.

Sinal Vermelho contra a Violência

Neste mês dedicado ao combate à violência doméstica, o Judiciário de Alagoas também tem intensificado as ações relacionadas à campanha Sinal Vermelho, que incentiva a denúncia de agressores em farmácias da capital e do interior. Mais de 300 estabelecimentos já aderiram à campanha.

Por Jobison Barros com informações da assessoria \ GAZETAWEB.COM

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