Ainda sem o número exato de casas que registraram aparecimento de rachaduras no bairro do Farol, técnicos da Defesa Civil estiveram na Rua Tenente Antônio de Oliveira, nesta quinta-feira (10), para checar se as rachaduras tem relação com a instabilidade do solo que afeta os bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto.

O Cada Minuto acompanhou a visita na manhã de hoje. A Defesa Civil recebeu o registro de três casas com rachaduras, mas segundo os moradores outras residências também estão com o mesmo problema.

Na casa de Nilza de Araújo Silva, de 52 anos, moram três pessoas. Por lá, as rachaduras começaram a aparecer no final de 2018 para 2019.

Não sabemos a dimensão disso. No começo, as rachaduras só estavam na garagem. De maio pra cá já apareceram novas rachaduras no chão, na cozinha”, explicou. Nilza disse à reportagem que pediu que a Defesa Civil avaliasse a situação.

Entretanto, o geólogo do Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil (Cimadec), Antonioni Guerrera disse que a casa de Nilza não está com risco de tombamento.

O geólogo reforçou que os técnicos estão em um trabalho mais investigativo e que a situação será analisada. “Nós fazemos o registro, coletamos os dados e levamos para a Defesa Civil para avaliar”.

Antonioni Guerrera também enfatizou que a ideia da avaliação é saber se as rachaduras estão ligadas ao processo de instabilidade de solo. “Aqui é uma região que tratamos como o limite. É possível que esteja associada ou não. Pedimos um pouco de calma para a população”.

Apesar do medo dos moradores, o geólogo explicou que nem toda fissura ou rachadura está associada ao que aconteceu nos outros bairros.

Por outro lado, Antonioni disse que o processo da instabilidade não parou. “Isso não parou no tempo. A ideia inicial era que os locais que estão com rachaduras sejam intensificados e outras áreas também podem registrar rachaduras. Mas acreditamos que uma hora vai estabilizar, mas não sabemos quando”, justificou.

Ainda não há prazo para a conclusão de se as residências estão com rachaduras por causa do fenômeno provocado pela atividade de mineração – segundo relatório do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

*Estagiária sob a supervisão da editoria \ CADA MINUTO

Foto: Rebecca Moura/CM