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A criação de novos postos de trabalho e garantia de ampla oportunidade para os alagoanos é o objetivo prioritário. Atualmente em fase de licitação, o projeto piloto de Desenvolvimento da Fruticultura Irrigada – projeto Gavião – será pioneiro no Estado na ocupação ordenada do novo perímetro de irrigação do Canal do Sertão, na região do Semiárido, com a previsão de gerar de cerca de 900 vagas de emprego direto para a população local, por meio do incremento da atividade de fruticultura irrigada.

Essencialmente voltadas para práticas de desenvolvimento social, as ações serão realizadas com recursos de R$ 12,8 milhões oriundos do Fundo de Erradicação de Combate à Pobreza (Fecoep). Não por acaso, São José da Tapera foi o município escolhido como modelo para iniciativa, já que uma parcela majoritária de 61% da sua população é caracterizada como rural, contabilizando 12.700 Unidades Familiares de Produção Agrária (UFPA) da agricultura familiar com grande potencial para a produção de frutas.

Por outro lado, o forte caráter empresarial também será responsável pela condução do projeto, que foi apresentado aos membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Conedes), na última terça-feira (20), pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo e coordenador da ação, Rafael Brito. Isso porque, a proposta é que os 17 lotes disponíveis sejam pleiteados por pequenos empresários e produtores rurais com atuação na área de fruticultura, em especial maNga, maracujá, uva, melão, goiaba, abacaxi, mamão, banana e acerola.

“A premissa do projeto é assegurar que as áreas de desenvolvimento econômico e social trabalhem de forma integrada, para garantir que os investimentos na economia e melhorias na qualidade de vida de toda a população andem sempre juntos. Com a eficácia do projeto piloto, a ideia é que consigamos levá-lo para outros municípios que também são margeados pelo Canal do Sertão e, assim, gerar novas oportunidades para a população, na medida em que potencializamos a atividade de fruticultura”, enfatiza o secretário Rafael Brito, que, ao lado das pastas de Infraestrutura e Agricultura, forma o time à frente da iniciativa.

Como vai funcionar

Na prática, cada um dos lotes aptos no projeto receberá um volume de água predeterminado para o pleno desenvolvimento da atividade de fruticultura e a partir de então os empreendedores rurais irão fazer a gestão da área para estabelecer um modelo econômico competitivo e de alta produtividade. A participação dos pequenos empresários e produtores rurais terá como base a sua capacidade de investimento, a cultura do negócio e, sobretudo, a possibilidade de geração de emprego através de mão de obra local.

TNH1.COM

FOTO: Jonathan Lins / Agência Alagoas