Há um consenso na sociedade de que a lavagem de roupas de uso pessoal, cama, mesa e banho deve ser diária ou semanal. Com a pandemia do novo coronavírus, a higienização tornou-se ainda mais imprescindível para evitar o contágio com a doença. No entanto, você sabia que anéis, brincos, pulseiras e colares também precisam ser limpos com frequência?
Os acessórios acumulam, em uma semana de uso, até 428 vezes mais germes e bactérias do que um vaso sanitário. Aproximadamente 21 mil bactérias se manifestam nas jóias e bijuterias em uma semana.
A informação é de estudo recente realizado no Reino Unido e encomendado pela joalheria Est 1897. A pesquisa mostrou que dois terços dos britânicos não costumam limpar os acessórios após uma semana ou mais de uso.
O motivo para isso, segundo a pesquisa, é que os acessórios estão em contato com sujeiras o dia inteiro, assim como as roupas e sapatos. Sem a higienização adequada, o crescimento bacteriano é escalonado com o passar do tempo.
“Este estudo trouxe à luz algumas coisas interessantes e os resultados são surpreendentes. Embora seja importante manter suas joias intactas, também é devidamente importante esfregar e molhar regularmente suas peças para deixá-las seguras e limpas”, disse à imprensa britânica um dos estudiosos, Ben Jarrett.
O maior risco da falta de limpeza é a incidência de problemas de saúde devido ao contato da joia ou bijuteria com a pele e rosto. Assim, por conta dos germes, podem ocorrer intoxicação alimentar, aftas e infecções graves, por exemplo.
A melhor forma de evitar o acúmulo de micro-organismos, segundo a pesquisa, é higienizar o acessório e limpar com álcool em gel pelo menos uma vez por dia.
Números
Durante o experimento, percebeu-se que o maior coletor de bactérias diferentes é o anel, por ter contato com praticamente tudo tocado por uma pessoa, desde comida à matéria fecal. Nos anéis dos participantes, apareceram cerca de 504 colônias de bactérias de cinco tipos, uma colônia de fungo e uma colônia de bolor negro. Vale ressaltar que o terceiro pode causar pele seca e escamosa e erupções cutâneas, entre outros problemas.
Em seguida, quatro tipos de bactérias foram encontradas no relógio durante a pesquisa. O surpreendente, porém, é que haviam mais de 20 mil colônias, bem maior do que os outros acessórios. Nos brincos, os números são menores: havia “apenas” um tipo de micróbio e 485 colônias bacterianas. O maior perigo, nesse caso, ocorre quando a pessoa coloca o brinco na boca para enroscar a tarrachinha ou toca nele e, em seguida, na área. A bactéria presente pode causar intoxicação alimentar.
Por Metrópoles | Portal Gazetaweb.com
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