Criado em 2003 com o objetivo de promover debates sobre a falta de saneamento no mundo, o 19 de novembro vem para lembrar o quanto ainda é difícil para muitos ter acesso a instalações básicas para higienização. Segundo dados da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), a cobertura atual da rede de esgoto sanitário em Maceió fica em torno de 35%, percentual previsto para aumentar em 70% com a conclusão de duas obras.

Pode parecer excêntrico, mas o Dia Mundial do Sanitário, nessa quinta-feira (19) – oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) -, surgiu para mostrar que muitos, sequer, dispõem de banheiros em casa.

O engenheiro civil, consultor e diretor da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Álvaro Menezes Costa, lembra que pessoas sem acesso à água e ao saneamento podem adoecer e levar doença para outros. Enfim, a falta de condições sanitárias em determinadas localidades pode gerar contaminação do meio ambiente.

“A falta de condições sanitárias é uma situação que aflige a América Latina como um todo. Sem água regularmente e sem condições sanitárias, pode-se ter de uma simples diarreia a uma hepatite”, explica o engenheiro civil.

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), cerca de 2,2 bilhões de pessoas não têm serviços de água potável gerenciados de forma segura, 4,2 bilhões não têm serviços de esgotamento sanitário gerenciados e 3 bilhões não possuem instalações básicas para a higienização das mãos.

O World Toilet Day, como é conhecido internacionalmente, é um dia oficial de observância internacional das Nações Unidas em 19 de novembro para inspirar ações para enfrentar a crise global de saneamento. A Casal informou que há uma previsão de aumento para 70% da rede de esgoto de Maceió, com a conclusão de obras.

Por Regina Carvalho | Portal Gazetaweb.com

FOTO: ARQUIVO GAZETA DE ALAGOAS