Uma operação realizada em quatro estados foi deflagrada na manhã desta terça-feira (15). Denominada de Piànjú, ela cumpriu mandados em Alagoas, Ceará, Espírito Santo e São Paulo. A ação, que envolveu as polícias civis dos 4 estados, tem como objetivo desarticular uma estruturada organização criminosa que tem atuação interestadual e internacional. O grupo tem ligação com acusados na Operação Lava Jato.

O grupo criminoso atuava de forma estruturada com a finalidade de praticar diversos crimes, entre eles: organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos públicos e particulares, inserção de dados falsos em sistemas informatizados, falsidade ideológica, estelionato e falsa comunicação de crime.

A operação ocorreu de forma simultâneas nas cidades de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica, no Espírito Santo; em São Paulo Santos e Jaguariúna, em São Paulo; em Fortaleza, Ceará; e em MAceió, tendo sido empregados 118 agentes, entre delegados, investigadores e agentes das polícias civis dos respectivos estados, além de promotores de Justiça e agentes dos GAECOs do Espírito Santo e São Paulo.

Foram expedidos 126 mandados judiciais, sendo 18 mandados de prisão preventiva, 5 mandados de prisão temporária, 30 mandados de busca e apreensão, 23 sequestros de embarcações, 43 ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias e 2 ordens judiciais de suspensão de atividades econômicas.

Dentre as ordens de busca e apreensão encontram-se 12 imóveis, 3 veículos de luxo (Porsche Panamera, Maserati Granturismo S e Mercedes Bens Gla200FF), 12 motos aquáticas e 11 embarcações.

Durante dois anos de investigação, a Divisão de Furtos e Roubos de Veículos comprovou que a célula da ORCRIM investigada, que atuava no Estado do Espírito Santo, composta por dois grandes empresários capixabas (além de diversos outros membros), agia como “prestadora de serviços” de lavagem de capitais para outras Organizações Criminosas possuindo, inclusive, ligação com empresas e pessoas investigadas e denunciadas no âmbito de diversas fases da Ooperação Lava Jato da PF/MPF/JF, entre elas a Operação Chorume, Operação Descarte, bem como empresas que já foram investigadas por atuarem com os doleiros Alberto Youssef e Nelma Kodama, todos no âmbito da Força Tarefa da Operação Lava Jato, além de uma empresa investigada pelo MPRJ, por desvios de mais de R$ 98.000.000,00 em ICMS, tendo esta Organização Criminosa sediada no Estado do Espírito Santo movimentado mais de R$ 800.000.000,00 (oitocentos milhões de reais – valor global).

Foram dados cumprimentos aos mandados de prisão expedidos dos membros responsáveis pelo esquema de lavagem de capitais, que era realizada por meio de empresas de fachada e fictícias, que eram criadas valendo-se de identidades falsas, expedidas pelo setor de identificação da própria Policia Civil do Estado do Espírito Santo, onde a Organização Criminosa se valia da precariedade do sistema atual de emissão de identidades civis e os beneficiários da lavagem, ou seja, os “clientes” que tinham os valores remetidos para contas de empresas na China e EUA.

Fonte: Redação com assessoria \ TRIBUNA HOJE

(Foto: Divulgação)