O número de óbitos causados pela Covid-19 em Alagoas segue crescendo e alcançou a marca de 50 nesta 52ª semana epidemiológica, o maior desde a segunda quinzena de setembro, quando o estado tinha estabilizado os números da doença. O dado é um recorte do mais recente relatório do Observatório Alagoano de Políticas Públicas Para o Enfrentamento à Covid, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), divulgado nesta segunda-feira (28).
Ao todo, Alagoas contabiliza 2.461 mortes e 103.551 casos confirmados da doença. De acordo com Observatório, o estado vive uma segunda onda da doença.
“O número de óbitos saltou de 32 para 50 comparando as duas últimas semanas epidemiológicas. Alagoas repete o que vem acontecendo em outros países, o aumento de óbitos sucede o aumento de casos. Por isso a importância de a gente adotar as medidas para controlar a transmissão do novo coronavírus até que tenhamos a maioria da população vacinada”, ressaltou o coordenador do Observatório, Gabriel Bádue, em entrevista ao TNH1.
Segundo o boletim desse domingo do consórcio de veículos de imprensa, Manaus e Alagoas lideraram a média móvel de mortes, com alta de 123% e 122%, respectivamente. A média móvel de mortes representa uma média dos óbitos dos últimos sete dias, o que elimina distorções como dias com maior alta e maior baixa no índice.
O relatório também trouxe uma diminuição na incidência de casos confirmados da doença. O Observatório, no entanto, chamou atenção e pediu ‘cautela’ na interpretação do dado.
“A queda observada na incidência de casos na 52ª semana epidemiológica deve ser interpretada com cautela, já que as deficiências ligadas à testagem têm impacto direto nesse resultado”, alertou Bádue, acrescentando que a testagem pode ter sido prejudicada pelo feriadão de Natal.
Alagoas tem 8.911 casos em investigação laboratorial, segundo último boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), divulgado na tarde desse domingo (27). “Uma evidência dessa limitação na leitura é o alto número de casos suspeitos e a proporção de resultados positivos entre os testes RT-PCR realizados pelo Lacen, que chegou a 68% na última semana”, explicou o coordenador do Observatório.