Momentos antes da reunião com o secretário-chefe do Gabinete Civil, Fábio Farias, um grupo de músicos independentes de Alagoas se reuniu, durante um protesto em frente ao Palácio República dos Palmares, localizado no centro de Maceió, para cobrar o retorno imediato da música ao vivo em bares e restaurantes. Isso porque o Governo do Estado, em edição suplementar do Diário Oficial de quarta-feira (23), impediu shows nos estabelecimentos, conforme o Plano de Distanciamento Social Controlado, em razão da pandemia da Covid-19.

Ainda segundo os músicos, muitas festas foram canceladas, e eles estão arcando com os prejuízos, tendo que devolver até parte do dinheiro já recebido. Não apenas músicos, mas, também, técnicos de som e DJs.

“Nós queremos voltar para pegar justamente essa última semana de festa, que é o período que a gente trabalha mais. Nós passamos seis meses sem trabalhar, ficamos três trabalhando, nem começamos a caminhar e já pararam de novo. Agora que estávamos começando a nos organizar, pagar as contas, parou tudo de novo. Os bares continuam funcionando, não reduziram a quantidade de mesas, mas nós temos que parar. Fomos pegos de surpresa. Para gente, essa medida é arbitrária” afirmou o músico Paulo Moura.

Sem ajuda do Governo do Estado, músicos apostavam nas apresentações de fim de ano para conseguir renda extra após meses sem trabalho. Devido a isso, no último final de semana, os músicos se reuniram na praça do antigo Alagoinhas, na Ponta Verde, para cobrar apoio e retorno ao trabalho em estabelecimentos, que costumam lotar nesse período.

Os músicos afirmam que são os únicos que não voltaram ao trabalho de forma efetiva, prejudicados diretamente com o novo decreto do Governo do Estado.

Por Clariza Santos e Tatianne Brandão \ GAZETAWEB.COM

FOTO: CORTESIA