Motoristas de táxis realizaram, no início da manhã desta segunda-feira, 03, uma manifestação em ao menos três pontos da Grande Maceió, sendo um protesto no Pontal da Barra, outro na região conhecida como Rio do Forte, no Litoral Norte, e o terceiro ato em Satuba.

De acordo com o grupo, a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal) estaria descumprindo ordem judicial e continua parando os motoristas de táxis que transportam passageiros do interior para a capital. Já a agência reguladora destacou que tem a responsabilidade de regular o transporte.

“Todos os taxistas do Estado de Alagoas vão estar presentes nesta manifestação pacífica. Somos mais de 10 mil táxis em nosso estado e não vamos aceitar desmoralização da Arsal, pressionada pelo transporte alternativo. A gente não vai se omitir”, disse o taxista Martins, de Atalaia.

Dezenas de taxistas estacionaram os veículos às margens da AL-101 Sul, no Pontal da Barra, próximo ao viaduto Divaldo Suruagy, e realizaram um ato pacífico. A Polícia Militar esteve presente e conversou com os motoristas.

O grupo fechava a via, sentido Marechal Deodoro/Maceió, por alguns instantes e depois liberava para o tráfego de veículos. O objetivo é sair em carreata durante a manhã até o Palácio República dos Palmares, no Centro, para chamar a atenção das autoridades.

A Arsal disse ao TNH1 que o protesto foi encerrado antes de 9h e uma reunião com uma comissão de taxistas foi agendada para as 11h de hoje. A instituição declarou ainda que a decisão judicial está sendo cumprida.

Entenda o caso

Em setembro do ano passado, condutores de vans, que fazem o transporte complementar, protestaram para cobrar fiscalização do serviço de táxis que fazem lotação do interior para Maceió.

Na ocasião, o grupo reclamou da aprovação da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de uma decisão que proibia a Arsal de fiscalizar os táxis que fazem a mesma prestação de serviço dos complementares. Os motoristas alegaram que seguia rigorosa a fiscalização dos complementares, e os táxis “andavam à vontade” nas rodovias.

Já a categoria de motoristas de táxi informou que a decisão favorável da Justiça para a classe representava o “fim de uma perseguição” e reafirmou que não é dever da Arsal monitorar o transporte dos taxistas.

Três meses depois, o Poder Judiciário decidiu pela possibilidade excepcional de a Arsal regular e fiscalizar o serviço de transporte intermunicipal de passageiros realizado por táxi.

TNH1.COM