Alagoas deve contar com nove novos voos para o Estado a partir de junho. As novas operações que reforçarão a malha aérea tem como principal mercado emissor cidades do estado de São Paulo. Antes da pandemia, o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares contava com 26 voos diários; atualmente são 14.

De acordo com o Superintendente de Turismo da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Paulo Kulgemas, os novos voos serão semanais e são importantes por conectar o Estado a mercados emissores fortes. Ele destaca que o fato do voo ser semanal garante, na maioria das vezes, a permanência do turista por esse período no Estado, o que faz movimentar a cadeia do turismo.

Os voos serão operados pela companhia aérea Azul, sendo oito fretamentos e um voo regular direto e inédito entre a capital alagoana e o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP). Os oito fretamentos semanais são oriundos das cidades de Campinas (SP), Presidente Prudente (SP), Ribeirão Preto (SP), São José do Rio Preto (SP), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS) e Uberlândia (MG).

Kulgemas destaca que o avanço da vacinação proporciona aumento no ritmo da retomada das atividades econômicas. Ele destaca que um ponto importante para o turismo e que ainda não apresentou mudanças é o fato de que o teletrabalho ainda está sendo adotado em muitos lugares, o que trava, de certa maneira, o turismo de negócios.

Além dos nove voos da Azul Linhas Aéreas, Alagoas também deve receber, no segundo semestre, mais uma conexão direta entre Maceió e Brasília (DF). O voo será operado pela nova companhia aérea brasileira, a Itapemirim Transportes Aéreos (ITA).

AHebert Borges Hebert Borges Itapemirim será mais uma companhia aérea beneficiada com a redução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o Querosene de Aviação (QAV), o que torna a operação no Estado mais barata, já que o combustível representa até 35% dos custos.

A Azul Linhas Aéreas também é beneficiada pela política de incentivos.

CENÁRIO NACIONAL

Dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) mostram que a malha aérea doméstica brasileira registra, em maio, sinais de leve retomada, com média de 1.046 partidas por dia, ou o equivalente a 43,4% da oferta de voos na primeira semana de março de 2020, antes das medidas de isolamento social e fechamento de fronteiras por causa do novo coronavírus.

Esse resultado, segundo a entidade, mostra uma desaceleração da queda registrada em abril, quando foram operadas 854 decolagens diárias, ou 35,6% da oferta regular. O crescimento é de 7,8 pontos percentuais.

“Esse resultado mostra o reflexo positivo da vacinação para a leve recuperação da demanda por viagens aéreas domésticas na comparação de maio com abril. É importante lembrar, porém, que o severo impacto da pandemia na aviação ainda faz com que seja necessária a manutenção de medidas emergenciais, para que possamos retomar a operação aérea de forma sustentável ao longo do tempo”, afirma o presidente da Abeart, Eduardo Sanovicz.

De acordo com a entidade, a partir de maio de 2020, as empresas aéreas nacionais começaram a registrar uma retomada gradual da operação, alcançando o pico de 1.798 decolagens diárias em janeiro de 2021, ou 75% da oferta diária de partidas em relação ao início de março de 2020.

Segundo a Abear, o agravamento da pandemia impactou a quantidade de voos em fevereiro, quando a média diária recuou para 1.469, o que equivale a 61,2% da malha aérea pré-crise. Em março, a oferta diária de voos domésticos teve novo recuo, com 1.177 decolagens, ou 49% da oferta regular de voos

GAZETAWEB.COM \ Hebert Borges

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