Com a ida de Adeílson Bezerra para o comando do PROS em Alagoas, já circula a informação de que o senador Fernando Collor deve deixar a legenda. O destino seria o PTB que recentemente teve o diretório local inativado por Roberto Jefferson em retaliação à família Albuquerque por causa de uma votação em uma comissão da Câmara dos Deputados. O novo líder do PROS no estado não confirma a saída do ex-presidente da República, mas não coloca sua reeleição como metas partidárias para 2022.

“Não tenho conversado com o presidente Collor. Como se trata de um senador da República essa questão é tratada pela direção Nacional”, comenta. “A nossa missão é eleger pelo menos um deputado federal pelo PROS e quatro estaduais”, completa Adeílson Bezerra.

Conhecido por ser “bom de conta” em montagens de chapas para as disputas proporcionais, o advogado ainda crava uma das nove vagas na Câmara dos Deputados.

“Estamos com pré-candidatos em todas macro regiões políticas. Se a regra continuar a mesma já temos votos suficientes para eleger um federal”, garante.

A reportagem procurou a assessoria do senador Fernando Collor para saber se ele está mesmo de saída do PROS rumo ao PTB, mas até o fechamento desta edição não houve resposta.

Mas um sinal de que o ex-presidente do país deve estar de mudança é o fato de que pessoas ligadas a ele não estão mais no diretório do PROS de Alagoas, a exemplo de Eduardo Rossiter. As composições recentes do órgão partidário podem ser acessadas no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Antes mesmo da composição atual, o diretório do PROS de Alagoas teve duas diretorias, a com Eduardo Rossiter no comando foi extinta em 22 de março, a seguinte, cujo presidente foi Audival Amélio da Silva Neto, foi extinta em 12 de maio.

ENTENDA

O diretório estadual do PTB em Alagoas foi dissolvido por Roberto Jefferson, presidente nacional da legenda, no último dia 8 de junho porque ele enxergou “traição” após o deputado federal Nivaldo Albuquerque permitir que o deputado Eduardo Costa votasse a favor da maconha medicinal numa comissão da Câmara dos Deputados. Nivaldo é o líder do partido na Casa e o PTB era presidido por seu pai, o deputado estadual Antonio Albuquerque.

Se Roberto Jefferson teve poderes para inativar o diretório de Alagoas do PTB, isso não se repetiu com a liderança do partido na Câmara, pois o regimento da Casa determina que somente a bancada pode indicar seu líder. A bancada do PTB referendou o nome de Nivaldo Albuquerque.

ATUALIZAÇÃO

Por decisão do juiz Ivan Vasconcelos Brito Júnior, divulgada na noite desta terça-feira (16), foi concedida a tutela provisória a Antonio Albuquerque e lhe restabelecendo o direito de continuar na presidência da comissão do PTB em Alagoas.

Fonte: Tribuna Independente / Carlos Amaral

(Foto: Sandro Lima / Arquivo)