A Caixa Econômica Federal (CEF) foi a vencedora da concorrência pública para a venda da conta única e folha de pagamento de Alagoas. A oferta ganhadora de cerca de R$ 255 milhões garante receita extraordinária que pode ser aplicada em mais investimentos no Estado. A seleção pública foi composta pelos bancos do Brasil e CEF. As propostas foram apresentadas no prédio-sede da Secretaria da Fazenda (Sefaz-AL) nesta sexta-feira (23).
Todo o processo foi conduzido por servidores públicos do Estado, inclusive auditores do último concurso da Sefaz-AL. Os mais de 75 mil servidores, entre ativos e inativos, permanecerão recebendo pela Caixa Econômica. O prazo máximo da contratação é de cinco anos, conforme legislação vigente. O Estado terá uma economia de 60% nas tarifas bancárias de arrecadação, além de aumento concorrencial dos consignados, pois todos os bancos podem fazer esse empréstimo com prazo de até 120 meses para os servidores públicos.
A superintendente do Tesouro Estadual, Karine Silva, explica que após análise financeira realizada no órgão, estipulou-se o preço mínimo para compra da conta única e folha do Estado. “Assim seria assegurada uma receita extraordinária mínima gerada a partir da venda, o que resulta em aumento da RCL [Receita Corrente Líquida], impacto sobre relação de dívida, indicadores fiscais positivos e um caixa no fim do ano”.
“O processo transcorreu com toda transparência e lisura. Os dois bancos tiveram acesso a todas as informações. A Caixa Econômica tem parceria com o Estado desde 1999, então são mais de 20 anos sendo a responsável pela folha pública de Alagoas. Apresentamos uma proposta superior à mínima e nos tornamos vencedores. Agradecer e parabenizar o Governo do Estado pela condução do processo e dizer que vamos continuar fomentando a economia de Alagoas”, superintendente de Rede da CEF, Fares Haum Junior.
O secretário da Fazenda de Alagoas, George Santoro, enfatiza o quão positivo é essa parceria com o banco por possibilitar novos investimentos, fortalecendo o caixa do Estado. Há ainda vantagem para o banco responsável pelo pagamento da folha do poder público que é a possibilidade de ampliação de negócios, com a oferta de serviços aos servidores.
“Por um lado, viabiliza uma reserva no caixa. Por outro, temos funcionários públicos que vão demandar serviços bancários em praticamente todas as cidades alagoanas. Então, para esse banco que ganhou a folha é como se ele levasse em cada uma dessas cidades um grupo de clientes que são os servidores públicos”, ressalta.
O gerente especial de finanças e integrante da Comissão de Contratação da Folha e Serviços Financeiros, João Pedro Reis, reforça que é importante ter um contrato com uma instituição consolidada que presta um atendimento especializado e de qualidade e que está presente fisicamente em vários municípios alagoanos, pois favorece o acesso da população ao serviço bancário e isso estimula também o banco a ter presença mais forte no Estado.
“Nesse ponto, os bancos que têm a maior rede de agências no Estado são a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, que foram justamente os dois participantes da seleção pública. O maior empregador e o maior cliente bancário dentro do Estado de Alagoas é o próprio Estado de Alagoas. A relevância desse processo de licitação é a receita que ele gera já que o banco paga por ter esse direito de operacionalizar a folha do Estado”, frisa.
“Primeiro tenho que elogiar a forma como o processo foi conduzido com muita transparência. Ficou muito evidente o trabalho da equipe para garantir a isonomia de participação dos bancos e para tecnicamente buscar pautar as propostas que fossem vantajosas para o Estado de Alagoas e também para os próprios servidores do Estado, tendo em vista a situação econômica atual. O Banco do Brasil é parceiro do Governo do Estado e continua à disposição, prontos para viabilizar os inúmeros projetos que vem pela frente ao Estado de Alagoas”, afirma o superintendente comercial do Banco do Brasil em Alagoas, Rafael Alessi.
Agência Alagoas
FOTO: Ascom Sefaz