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Arthur Lira (PP) foi o segundo colocado para deputado federal nas eleições de 2018, com 143.858 votos, sua força política em Alagoas, e agora como presidente da Câmara Federal, deverá ser o deputado federal mais votado no pleito de 2022.

Marx Beltrão (PSD) na eleição de 2018, foi o terceiro colocado para deputado federal, com 139.458 votos. Dois fatores contribuíram para a excelente votação que ele obteve naquele pleito: o comando de várias prefeituras da região Sul do Estado e os dois anos que esteve à frente do ministério do Turismo do Governo Temer. Com a sua derrota sofrida nas eleições municipais na região Sul do Estado, em 2020, é bem provável que não venha obter o mesmo desempenho eleitoral em 2022. O contexto, para a renovação do seu mandato, poderá ser beneficiado, dada com a filiação do ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira, aos quadros do PSD, que deverá ser candidato a deputado federal no pleito de 2022 e caso venha atrair outros candidatos com boa densidade eleitoral para compor a chapa do partido.

Sergio Toledo (PL) foi o quarto colocado nas eleições de 2018, para deputado federal, com 98.201 votos. O deputado, além do poder econômico que possui, tem uma base forte de prefeitos e vereadores, para renovar seu mandato no pleito de 2022.

Nivaldo Albuquerque (PTB) foi o quinto colocado nas eleições de 2018, com 84.956 votos. A força política do seu pai, o deputado estadual Antônio Albuquerque, que lidera dezenas de prefeitos e centenas de vereadores no interior de Alagoas, será o fator determinante para a sua reeleição em 2022.

Isnaldo Bulhões (MDB) foi o sexto colocado nas eleições de 2018, para deputado federal, com 71.847 votos. Quatro fatores serão preponderantes para a sua reeleição em 2022: a condição de líder da bancada do MDB na Câmara Federal, o apoio dos Calheiros, sua grande base eleitoral na região do sertão e a força da chapa a ser montada pelo MDB para a disputa do próximo pleito.

Severino Pessoa (sem partido) foi o sétimo colocado nas eleições de 2018, para deputado federal, com 70.413 votos. Com uma atuação quase inexistente na Câmara Federal e a derrota sofrida por sua esposa, Fabiana Pessoa, para a prefeitura de Arapiraca nas eleições municipais de 2020, tais fatos, serão fatores desfavoráveis à renovação do seu mandato em 2022.

Paulão (PT) foi o oitavo colocado nas eleições de 2018, para deputado federal, com 60.900 votos. Com o fim das coligações e com o limite de apenas dez candidatos para disputa das nove vagas para a Câmara Federal, será muito difícil para o Partido dos Trabalhadores atingir o quociente eleitoral e restará ao deputado Paulão, a alternativa da Federação Partidária ou aposta nas sobras de vagas.

Tereza Nelma(PSDB) foi a nona colocada das nove vagas em disputa, para deputada federal, nas eleições de 2018, com 44.207 votos. A coligação da qual fez parte (PSB/PSDB/PP) contribuiu para a sua eleição. Caso participasse da coligação do MDB, teria sido a terceira suplente, pois Ronaldo Lessa, naquela coligação, foi o primeiro suplente com 55.474 votos e Givaldo Carimbão, com 54.620 votos, foi o segundo suplente. Diante da dificuldade que consistirá a disputa para a Câmara Federal em 2022, Tereza Nelma provavelmente deixe o PSDB e busque um partido que lhe ofereça as condições necessárias para que renove seu mandato em 2022, pois dificilmente o PSDB, conseguirá montar uma chapa de deputado federal para o próximo pleito.

Pedro Vilela (PSDB) nas eleições de 2014, foi o terceiro mais votado para deputado federal, com 119.582 votos. Dois fatores foram fundamentais para a sua expressiva votação: o apoio do seu tio e governador naquele pleito, Teotônio Vilela Filho, e uma estrutura milionária de campanha. Já nas eleições de 2018, Pedro já não tinha mais o seu tio no comando da máquina estadual e realizou uma campanha modesta, fatos esses que determinaram inexpressiva votação para deputado federal, com 37.203 votos, o que ainda o fez conquistar uma primeira suplência na sua coligação. Pedro Vilela assumiu o mandato de deputado federal, com a eleição de JHC para a prefeitura de Maceió e terá grandes dificuldades para renovar o seu mandato em 2022.

CADA MINUTO

Marcelo Bastos