Braço direito e esquerdo de Jair Bolsonaro (PL), o presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira (PP-AL), é um dos responsáveis pela estratégia que prevê ‘redução de danos’ nos estados de Nordeste para tornar a derrota do bolsonarismo na região menos traumática.
Com o ex-presidente Lula muito bem avaliado (PT) na região, assim como os seus principais aliados, caso do governador de Alagoas Renan Filho (MDB), cabe a Arthur construir um palanque que minimize a diferença de votos na provável derrota de Bolsonaro no Estado.
A foto acima publicada nas redes sociais de Arthur Lira significa exatamente essa ideia, segundo fontes palacianas. Contudo, será necessário muito malabarismo para apresentar esse projeto como a “nova política”.
Rodrigo Cunha (PSDB), por exemplo, teria que aceitar o pedido de votos no palanque para Bolsonaro. O que não seria tão complicado, dizem, porque ele não é oposição no Senado ao presidente, muito pelo contrário, nem jamais criticou o governo federal.
O deputado estadual Davi Filho (PP) é especulado para ser o candidato ao Senado de Cunha indicado por Arthur. O gesto já é interpretado como de ingratidão, pois foi o presidente Marcelo Victor (União Brasil) o primeiro a defender e incentivar a candidatura de Davi a prefeito de Maceió na eleição de 2020.
Mas ainda tem outras questões a serem esclarecidas:
1 – O prefeito da capital, JHC, vai ‘abençoar’ mesmo essa chapa?
Bom, ele tem, digamos assim, interesse caseiro uma vez que na eventual vitória de Cunha a suplente do senador é sua mãe, Dona Eudócia Caldas.
2 – Como fica o senador Fernando Collor (PROS), que tem secretário na prefeitura e vem dando suporte ostensivo ao prefeito através do seu grupo de comunicação e é apoiador declarado de Bolsonaro?
Nessa época de folia, quem tá pensando em dar ‘baile’ em quem?
CADA MINUTO