A síndrome de burnout, associada a estresse crônico, principalmente em situações de atividade profissional muito desgastante, pode modificar e até enfraquecer o cérebro, revela um novo estudo.
Segundo especialistas da Yale School of Medicine, nos Estados Unidos, permanecer neste estado durante muito tempo pode provocar alterações na estrutura do cérebro e enfraquecê-lo, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de doenças mentais e físicas. “O burnout nos deixa facilmente irritáveis, desmotivados, sem esperança e auto destrutivos. Compreender como o cérebro reage ao esgotamento pode ser útil, pois revela que muitas das nossas reações fazem parte de um ‘fenômeno natural’, afirma Amy Arnsten, neurocientista da Yale em entrevista à CNN.
De acordo com os cientistas, um dos efeitos mais marcantes do burnout é a perda de massa cinzenta do córtex pré-frontal, uma zona do cérebro responsável pela formação de metas e implementação de planos. A região também é responsável por comportamentos, pensamentos e expressão da personalidade. Amy Arnsten explica que, devido ao burnout, “começamos a olhar para o mundo como algo prejudicial, mesmo quando não é”.
Ao enfraquecer essa área, o burnout pode afetar a nossa capacidade de atenção e de reter memórias, dificultando a aprendizagem e aumentando o risco de erros.
Por Notícias ao Minuto Brasil
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