Aumentou a procura de dependentes químicos por tratamentos nas redes de apoio em Alagoas. Segundo a Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), o aumento foi de 10,5% de janeiro a junho de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado.

A busca por tratamento nos seis primeiros meses deste ano foi de 2.343, sendo que, deste número, 2.150 foram homens e 91 foram mulheres. Ainda desse total, 129 são adolescentes de ambos os sexos.

No mesmo período de 2021 foram 2.123, sendo 1.940 homens, 54 mulheres e 129 adolescentes de ambos os sexos. De acordo com os números, a maioria dependia de crack, cocaína, maconha, tabaco e álcool, assim como solventes. O ano de 2021 terminou com 4.505 encaminhamentos.

Nas palavras da coordenadora do Centro de Acolhimento de Maceió, Julyana Gomes, a dependência é uma questão complexa e está associada a uma somatória de fatores. Ela completa que cada substância provoca impactos em diferentes graus e alerta para os diversos efeitos colaterais decorrentes da dependência e do consumo indevido de álcool e outras drogas.

“Há uma série de consequências na vida do dependente químico que podem afetar completamente a sua rotina: faltar o trabalho, perder o interesse em atividades que antes lhe davam prazer, isolamento social – começando com o afastamento de familiares e amigos, o endividamento decorrente da aquisição de entorpecentes, o que muitas vezes leva a pessoa a se desfazer de bens como casa e carro, além das consequências físicas como lesão no fígado, destruição de neurônios, desenvolvimento de doenças psiquiatrias, entre outros”, relata a coordenadora.

A Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o dia 26 de junho como o Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, com o objetivo de conscientizar a população contra os riscos do uso de entorpecentes e desenvolver ações de combate à dependência química e tráfico. No Brasil, há a Semana Nacional de Política sobre Drogas.

POR: *Pedro Firmino/GAZETAWEB
FOTO: DIVULGAÇÃO