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O volume de serviços prestados em Alagoas registrou o segundo maior aumento do País em doze meses, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços divulgada na sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o órgão, o setor alagoano atingiu uma alta de 15,2% em um ano até janeiro.

O resultado só é menor que o registrado pelos serviços no Amapá, que atingiu 19,1%. Em janeiro, segundo o IBGE, o setor de serviços de Alagoas registrou alta de 3,9%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Na comparação com dezembro de 2022, no entanto, houve retração de 3,6%.

Com o resultado de janeiro, a receita nominal dos serviços alagoanos atingiu 17,9% – a quarta maior alta do País, atrás apenas do Tocantins (24%), Paraná (22,7%) e Paraíba (20,2%). Em doze meses até janeiro, a receita nominal do setor alagoano registrou a maior alta do Brasil, com 26,6%. Em todo o país, o volume de serviços caiu 3,1% em janeiro deste ano, em comparação a dezembro de 2022, quando alcançou recorde histórico.

Em relação a janeiro de 2022, o volume de serviços teve expansão de 6,1%, vigésima terceira taxa positiva consecutiva. O avanço do volume de serviços no Brasil foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação. As principais contribuições positivas foram identificadas em São Paulo (4,3%), Rio de Janeiro (8,2%), Minas Gerais (10,9%), Paraná (12,1%) e Rio Grande do Sul (11,5%).

Por outro lado, os únicos resultados negativos do mês ocorreram no Mato Grosso do Sul (-6,4%) e no Acre (-2%). Esta é a primeira divulgação da nova série da pesquisa, que passou por atualizações na seleção da amostra de empresas, ajustes nos pesos dos produtos e das atividades, além de alterações metodológicas, visando retratar mudanças econômicas na sociedade, explicou o IBGE, por meio de sua assessoria de imprensa.

As atualizações são previstas e implementadas periodicamente. Na avaliação do gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a queda observada em janeiro elimina o ganho acumulado de 3% ocorrido nos meses de novembro e dezembro de 2022, embora a base de comparação se encontrasse em patamar elevado. “O setor de serviços continua muito próximo do seu ponto mais alto da série, alcançado no mês passado, o que o coloca em um patamar 10,3% acima do nível pré pandemia.”
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INFLUÊNCIA NEGATIVA

O levantamento mostra que a maior influência negativa no resultado de janeiro de 2023 veio do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, com queda de 3,7%. Essa queda é explicada pela parte de armazenagem, que caiu 9%, com destaque negativo para gestão de portos e terminais; e transporte aéreo de passageiros, que recuou 5,9% no mês.

O setor de outros serviços também apresentou redução no primeiro mês deste ano, com -9,9% em comparação com dezembro do ano passado, quando havia subido 9,4%. Rodrigo Lobo informou, entretanto, que o movimento de retração resultou de receitas atípicas recebidas no mês anterior pelas empresas que atuam nos segmentos de serviços financeiros auxiliares, os chamados bônus por performance. Com isso, há uma base de comparação elevada, ocasionando queda em janeiro, quando esse adicional de receita não está mais presente no faturamento das empresas do segmento, explicou o gerente.

No sentido oposto, serviços de informação e comunicação e os prestados às famílias registraram alta de 1% em janeiro. O primeiro setor recuperou parte da queda (-2,5%) verificada nos dois últimos meses de 2022 e teve como destaque a alta observada em telecomunicações (8,1%) e em serviços de tecnologia da informação (TI) (3,6%). Já os serviços prestados às famílias registraram o segundo resultado positivo seguido, acumulando ganho de 3,5%.

GAZETAWEB \ Carlos Nealdo

FOTO: Ailton Cruz