Entre alguns aliados mais maduros de Renan Calheiros, o discurso iracundo do senador em Rio Largo é a véspera de uma “briga de rua” entre ele e o deputado Arthur Lira.

Aliás, foi o principal tema de conversas entre as claques dos dois. E, cá para nós, só tem repercussão aqui na paróquia, e entre os que gostam de uma lacração.

Claro que Calheiros tem um sentimento em relação a Lira que nunca demonstrou contra outro político local, e olhe que ele já fez muitos inimigos por aqui.

O caso com o presidente da Câmara Federal tem explicações bem diferentes de “diferenças ideológicas” ou “códigos morais”.

Os dois são parecidos demais um com o outro para que se ataquem pelos motivos acima.

São profissionais de uma importante área humana na qual só entra quem não tem muito a perder do ponto de vista da imagem pessoal (e eu sei que vocês me entendem).

Calheiros, e não é de hoje, se incomoda em ver seu poder em Brasília dividido com seu inimigo figadal, que também é seu espelho político caeté.

A ameaça de embate físico entre os dois personagens, no entanto, não deve ser levada a sério por quem acompanha o palavreado duro e de pouca serventia política vociferado por ambos (“Eu sou é macho!”) .

Loucos eles não são.

Só para constar: não rasgam dinheiro.

CADA MINUTO

Foto: Arte/UOL