Prefeitos calheiristas e liristas estão às voltas com problemas na privatização da água nos seus municípios. Há reclamações sobre taxas abusivas, torneiras secas por dias sem fim, ameaças de multas das concessionárias contra os consumidores.

Usuários cavam poços para terem água. E são ou serão notificados a pagarem uma taxa (na verdade uma multa) mesmo se não tiverem saneamento na própria rua. É proibido recusar a água distribuída pelas concessionárias. Há risco de notificação extrajudicial.

Moradores de bairros, povoados ou distritos que não pagavam pela água recebem cobrança de R$ 80 de taxa mínima, fora o consumo. Lógico que não é um procedimento padrão. Uma casa com três andares está sendo notificada pela concessionária porque tem de instalar três hidrômetros, um para cada piso. Antes da privatização, os prefeitos voavam em céu de brigadeiro, a maioria rumo a um pouso tranquilo para a reeleição ou sem obstáculos para eleger seus sucessores.

Hoje, o cenário mudou. Existe um movimento silencioso, de oposição, e que deve chegar às urnas. Porque se falta água, a lógica popular construiu sua própria explicação: o culpado é o prefeito.

POR: POLÍTICA ALAGOANA

Fonte – Extra