Moradores dos bairros afetados pela atividade de mineração da Braskem estão organizando protestos em busca de medidas urgentes, após o alerta de risco iminente de colapso da mina 18, mantida pela Braskem, na região da Lagoa Mundaú, próximo ao antigo campo do CSA, no bairro do Mutange. O primeiro protesto está marcado para amanhã (6) e o segundo para o dia 13 de dezembro.

“Todos nós que fomos expulsos dos bairros Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e Farol, e também quem está nas bordas do mapa de risco, queremos cobrar a devida urgência das providências que precisam ser tomadas”, disse Alexandre Sampaio, que é presidente da Associação dos Empreendedores e Vítimas da Mineração em Maceió e também integrante do Movimento Unificado de Vítimas da Braskem (MUVB), em vídeo publicado nas redes sociais.

Segundo Sampaio, é um ato unificado, com a participação de vários sindicatos, entidades e movimentos. “É uma espécie de passeata que tem como objetivo a criminalização da Braskem, a realocação dos Flexais e parte do Bom Parto que ainda está lá, além de transparência na gestão da crise, que está uma zona”, explicou.

O primeiro ato está marcado para esta quarta-feira (6), às 6h, com concentração no Cepa, na Av. Fernandes Lima, tendo paradas no Ministério Público Estadual, no Palácio do Governo e na Assembleia Legislativa. A outra manifestação está prevista para acontecer no dia 13 de dezembro, no Jaraguá, com paradas na Câmara dos Vereadores e na Prefeitura de Maceió.

“Nós queremos realocação com indenizações justas. Infelizmente, está nas mãos da Prefeitura a inclusão dos Flexais, Quebradas e Marquês de Abrantes no mapa de criticidade da Defesa Civil”, afirmou Neirevane Nunes, que também é integrante do MUVB.

Por Tribuna Independente

Foto: Sandro Lima / Arquivo