Os deputados federais Alfredo Gaspar e Fábio Costa, além do estadual Cabo Bebeto, cumpriram um objetivo político-eleitoral ao participarem do ato bolsonarista, em São Paulo: falar para seu eleitorado em Alagoas, particularmente em Maceió, a única capital do Nordeste em que o ex-presidente se saiu vitorioso em 2022.

A presença na maior cidade do país, também com mais eleitores da extrema-direita, é um recado para a turma de ambos: eles continuam onde estão – para deleite dos seus seguidores.

Do trio, seguramente, Alfredo Gaspar é aquele capaz de expressar teoricamente o que o move: ex-candidato do MDB a prefeito de Maceió, em 2020, o hoje deputado federal pelo União Brasil é a voz mais autorizada do bolsonarismo local – com algum conteúdo além das frases feitas e/ou palavras de ordem.

Saiu do ninho calheirista quando sentiu que por lá não teria mais espaço, já que não conseguiu quebrar uma “maldição” (para quem acredita nisso) de quase 40 anos.

Passou a ser o que de fato já era – e que todos sabiam.

Os outros dois presentes, por sua vez, vêm sendo eleitos na onda de policiais “durões”, do discurso popular do “bandido bom é bandido morto”, que tanto agrada a uma parcela significativa da nossa elite política e econômica quanto a uma parcela da população mais pobre, ainda que movidos por objetivos diferentes.

Só faltou por lá, entre os que têm mandato, o vereador Léo Dias. Claro, estamos falando daqueles que são abertamente bolsonaristas, já que na Assembleia o que não falta é parlamentar que reza na mesma cartilha, ainda que escondido no armário.

CADA MINUTO

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