Laboratório Sismológico da UFRN está monitorando atividade no município alagoano

A atividade sísmica continua chamando a atenção da comunidade científica brasileira, devido à quantidade de tremores de terra que ocorrem nos municípios de Craíbas e Arapiraca, na vizinhança das atividades da Mineradora Vale Verde.

O geofísico do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) confirmou à Tribuna a informação acerca do mais recente tremor de terra ocorrido no perímetro da empresa, no Povoado Serrote da Laje, na área rural de Craíbas.

Os sensores do laboratório chegaram a detectar uma explosão de magnitude 2.0, às 15h00;38s no último dia 10 de maio.

Coincidentemente, o LabSis também registrou um tremor de terra no mesmo horário, na área rural de Craíbas.

Para o geofísico da UFRN, os tremores geralmente são ocasionados de forma natural pela movimentação terrestre, mas alguns abalos podem ser induzidos, como os provocados por explosões em mineradoras.

“A atividade mineradora é fundamental para o desenvolvimento econômico do país. Mas é essencial o monitoramento e acompanhamento seguro e um mapa geológico das falhas e zonas de cisalhamento na região. Quando se retira material do subsolo, se desestrutura, desestabiliza o solo em alguns locais. Por isso é importante fazer esses estudos, para que possa ter essa paridade e, com isso, evitar e mitigar problemas futuros.

Eduardo Menezes explica ainda que, mesmo com os serviços de monitoramento das movimentações sísmicas 24 horas por dia, por ser um fenômeno natural, não é possível prever quando os tremores de terra podem ocorrer.

O cientista da UFRN relata que os tremores de terra naturais ou provocados pela ação humana podem ser detectados pelas estações sismográficas.

As mais próximas estão localizadas no município de Anadia, a 50 km da área de exploração da mineradora em Craíbas e Feira Grande.

A outra estação está situada no município de Canhoba, no interior do estado de Sergipe.

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