A chegada aos 40 anos marca um ponto crucial para os cuidados com a saúde. Segundo especialistas, exames preventivos nessa fase ajudam a detectar precocemente doenças cardiovasculares, metabólicas e oncológicas, aumentando significativamente as chances de tratamento eficaz.

De acordo com a médica britânica Sunny Jutla, em entrevista ao HuffPost, a rotina médica deve incluir análises de colesterol, pressão arterial, sangue e pele, além da avaliação de vitaminas e minerais. “A prevenção é a forma mais eficaz de garantir uma vida longa e saudável. Pequenas alterações nos níveis de colesterol, ferro ou pressão podem indicar doenças que, se tratadas cedo, têm controle simples e bons resultados”, afirmou.

Estudos da American Heart Association (AHA) apontam que adultos a partir dos 40 anos devem medir colesterol e glicemia pelo menos a cada quatro a seis anos, com intervalos menores para quem tem histórico familiar de doenças cardíacas ou diabetes. A Centers for Disease Control and Prevention (CDC) recomenda também o rastreio regular da pressão arterial, principal fator de risco para infarto e AVC — doenças responsáveis por mais de 30% das mortes no mundo.

A American Cancer Society (ACS) sugere iniciar o rastreio do câncer colorretal aos 45 anos, e o câncer de mama, por meio da mamografia, deve ser realizado a cada dois anos para mulheres de risco médio entre 40 e 74 anos. A entidade reforça que o diagnóstico precoce pode elevar as taxas de cura para acima de 90% em alguns tipos de tumor.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) também orienta que, a partir dessa idade, sejam realizados exames de sangue completos e avaliação metabólica anual, especialmente para homens, que tendem a adiar o acompanhamento médico.

Além dos exames, os especialistas destacam a importância de manter uma alimentação equilibrada, evitar álcool e tabaco e praticar atividade física regular, fatores que reduzem em até 50% o risco de doenças crônicas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os médicos recomendam que cada pessoa converse com seu clínico para definir um plano personalizado de rastreio, considerando histórico familiar, hábitos de vida e condições preexistentes. “Aos 40 anos, a prioridade deve ser conhecer o próprio corpo e agir antes que os sintomas apareçam”, conclui Jutla.

Por Notícias ao Minuto

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