Fome ou vontade de comer? A dúvida persiste, mas a certeza é uma só: algum alimento vai ser devidamente devorado. Em nossa constante busca por uma dieta eficaz para manter uma alimentação equilibrada sem, necessariamente, deixar de saborear algumas tentações, muitas vezes, esquecemos que o grande dilema está em nós mesmos.
Por isso, cada vez mais, psicólogos e psicoterapeutas ensinam técnicas de autoconhecimento, observação e registro alimentar que nos ajudam a identificar erros em nossos hábitos e achar soluções para as razões da chamada gula.
Explicação
Um dos ?sete pecados capitais da humanidade?, a gula, quando comemos além do necessário, é um reflexo cabal de como a mente interfere em nossas ações cotidianas. Com a correria e o estresse do dia a dia, a ansiedade nos leva a vícios, exageros e hábitos que, ao longo do tempo, podem se configurar em distúrbios, como nesse caso, a compulsão alimentar.
Fato é que o gatilho da compulsão alimentar varia de pessoa para pessoa. Geralmente, quem tem impulsos incontroláveis de comer muito em pouco tempo ? majoritariamente carboidratos – já tem como base um transtorno de ansiedade generalizado. Nesse caso, o alimento surge para trazer uma forma de amenizar (mesmo por pouco tempo) a ansiedade e conflitos internos.
Terapia da gula
Mas há alternativas para combater a gula. Um deles é com terapia. Através dessa técnica, alguns ?truques? são ensinados para nos permitir identificar o ?gatilho? da compulsão. Um dos mais utilizados é uma espécie de diário nutricional, onde a pessoa anota tudo que come, o horário e – em alguns casos – o que sentia no momento em que comia ou pouco antes da ação.
Ao ver os exageros que se comete ao longo do dia, a pessoa vai levar um susto e sentir culpa, e, a partir deste ponto, esse recurso será bem eficiente. Quem não estiver determinado a se tratar e ter o controle sobre o seu comportamento, não fará as anotações corretamente e diariamente. Irá se autossabotar. Por isso é que tem que estar determinado, anotar tudo o que se come, sem esconder nada.