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Trabalhadores rurais Sem Terra de todas as regiões de Alagoas relembram, nesta quinta-feira (29), os 13 anos do assassinato do dirigente do MST Jaelson Melquíades, assassinado em 2005 em Atalaia, na Zona da Mata de Alagoas. O ato político em memória do legado de Jaelson e a denúncia da violência e da impunidade acontece no Centro de Atalaia, a partir das 9h30, com a presença de movimentos populares, lideranças religiosas, além de amigos e amigas do MST na região.

Desde o ano de sua morte, o dia 29 de novembro ficou marcado como o Dia Estadual de Luta contra a Violência e a Impunidade no Campo e na Cidade, mobilizando milhares de camponeses e camponesas em Alagoas.

De acordo com Margarida da Silva, da direção nacional do MST, lembrar o legado de Jaelson é manter viva a força da luta pela terra. “Poder reviver a história daqueles e daquelas que lutaram pela Reforma Agrária é fundamental para todos nós. É o legado desses companheiros, como Jaelson Melquíades, que fortalece a nossa luta”, afirma.

“Além de trazer a memória de Jaelson, o dia 29 é para nós um marco na luta contra a impunidade nos casos de violência que vivemos, principalmente no campo”, completa a dirigente.

Segundo Margarida, as ações do dia 29 mobilizam os camponeses em todo o estado. “Além do nosso ato político em Atalaia, município que Jaelson foi assassinado, vários acampamentos e assentamentos pelo estado realizam uma série de atividades em memória de Jaelson e daqueles que foram assassinados. Homenagens, atividades místicas e celebrações religiosas, marcam, desde o início da semana, as ações em Alagoas”, comentou.

Jaelson Melquíades

Dirigente do MST na região de Atalaia, Jaelson foi assassinado numa emboscada armada, surpreendido por pistoleiro quando se deslocava de uma atividade, onde foi morto a tiros.

Desde seu assassinato, o caso de Jaelson esteve impune, quando somente em agosto de 2016, após muita cobrança dos movimentos de luta pela terra, um suposto executor do crime foi preso.

“A cada ocupação, marcha, mobilização e todas as ações que fazemos, mostramos a força do povo organizado e continuamos vingando a morte do nosso companheiro e de tantos outros que tombaram na luta pela terra em Alagoas”, ressalta Margarida.

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