Após uma série de apreensões no sistema prisional alagoano, que vai de celulares e drogas à facas e espetos de fabricação própria, a Secretaria de Estado da Ressocialização (Seris) afirma intensificar as operações dentro das unidades e diz que ilícitos são levados por visitas.

Em um período de cinco dias – de sábado à quarta – quase 50 celulares foram apreendidos em duas unidades do sistema. Mesmo com bloqueadores de sinal de celular já funcionando, a Seris reconhece que ainda existem pontos cegos nas unidades.

Contudo, a secretaria afirmou ter o “controle necessário para manter a ordem e disciplina”. “Estamos fazendo os ajustes necessários e dentro em breve teremos o sinal com 100% de bloqueio em todas as unidades”, afirmou através de nota à imprensa a Seris.

Uma das unidades prisionais que não conta com bloqueador de sinal de celular é a Penitenciária de Segurança Máxima II, justamente onde estão os presos ligados a facções criminosas e que foi alvo de revista no sábado, 22, onde foram achados 38 telefones.

O Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen-AL), reconhece que celulares e drogas podem passar despercebidos pelos agentes, pois segundo ele o baixo efetivo de agentes penitenciários é um problema. Sobre os celulares o presidente do Sindapen, Kleyton Anderson, sugere que a Seris corte a energia elétrica das celas para que os presos não consigam carregá-los, mas, a secretaria afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto.

A Seris recebeu quase R$ 2 milhões nessa quarta-feira, 26, do governo federal. Questionada sobre como vai usar o dinheiro, a secretaria que o dinheiro deve ser usado para melhoria da infraestrutura das unidades prisionais e das condições de trabalho dos agentes.

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