A Agência Nacional de Telecomunicações, Anatel, aprovou o edital que define as regras para a licitação da tecnologia 5G aqui no Brasil. A novidade levantou dúvidas sobre o que acontecerá com quem utiliza parabólica para TV aberta, já que as antenas ocupam a mesma espectro de freqüência que a tecnologia 5G, causando assim interferências na rede.
No edital consta que as operadoras que comprarem lotes do 5G deverão distribuir receptores e antenas menores para os brasileiros que utilizam parabólicas. Além do mais, de acordo com a Anatel, o processo será coordenado por uma entidade que ainda deve ser criada e que ficará responsável pela distribuição e instalação dos equipamentos. A mudança deve durar 24 meses.
O conselheiro da Anatel, Carlos Baigorri, afirmou durante coletiva de imprensa na última que o processo será semelhante ao da mudança de TV analógica para a digital, que começou a ser feita no início de 2015 em vários municípios do Brasil. “As pessoas vão receber um kit gratuito, que vai conter uma antena menor, como a da Sky, pois a parabólica vai parar de funcionar”, explicou.
O levantamento mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, feito em 2017, informa que 6,5 milhões de residências no Brasil contam com antena parabólica.
A banda C, que transmite TV via satélite para parabólica atua na frequência de 3,7 GHz a 6,45 GHz, enquanto o 5G atua de 3,3 GHz a 3,7 GHz. A sobreposição das tais redes pode atrapalhar a nova tecnologia. Desse modo, como solução, foram discutidas duas possibilidades:
Diminuir o problema distribuindo filtros instalados nas TVs;
Total migração das parabólicas para outra frequência.
A Anatel conduziu simulações em computador que apontaram que os filtros não eram suficiente o bastante para impedir a interferência. Feito isso, a instituição optou pela migração total das parabólicas.
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