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Além deles, estão fora da zona de alerta os estados de Sergipe (45%), Pernambuco (50%), Espírito Santo (50%), Rondônia (52%), Piauí (52%), Ceará (52%), Bahia (53%), São Paulo (55%), Minas Gerais (56%), Amazonas (59%) e Rio de Janeiro (59%).

Os pesquisadores da Fiocruz ressaltam que a queda na taxa de ocupação tem ligação direta com a vacinação. “As pesquisas realizadas até o momento indicam que as pessoas completamente vacinadas (com duas doses, no caso da maioria das vacinas aplicadas no Brasil) estão protegidas contra a variante Delta”, diz a instituição, em nota.

Os cientistas da fundação, no entanto, destacam que a proteção oferecida por uma única dose, com exceção da vacina da Janssen, é muito reduzida em comparação ao regime de imunização completo. “Os não vacinados (40,4% da população) encontram-se ainda vulneráveis e com risco alto de infecção e de desenvolver a doença em formas graves, o que pode demandar atendimento hospitalar e resultar em óbitos”, alertam.

Até esta quarta-feira, Alagoas já havia aplicado 1.761.602 doses das vacinas contra a Covid-19, sendo 1.256.222 pessoas vacinadas com a primeira dose e 505.380 já imunizadas com a segunda dose e dose única. O Ministério da Saúde (MS) já enviou para o estado mais de 2,4 milhões de vacinas. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Segundo a Fiocruz, apenas os estados de Goiás (86%) e o Distrito Federal (83%) estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 em alerta crítico de ocupação, embora, no segundo caso, o dado seja um reflexo da retirada de leitos Covid-19. Outros nove estão na zona de alerta intermediária, sendo que o Tocantins aparece com a maior taxa entre eles (71%).

Os pesquisadores ressaltam que o boletim divulgado nesta quarta reafirma a tendência de queda no número de óbitos e nos indicadores de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos. Por outro lado, foi registrado aumento no número de casos.

A positividade dos testes, ainda que em tendência de queda, também permanece alta. “A diferença entre a curva de novos casos e a curva de óbitos é mais um indício da nova fase da pandemia no Brasil, em que há intensa circulação do vírus, mas com menor impacto sobre as demandas de internação e sobre o número de mortes”, ressaltam os pesquisadores, no boletim.

“É importante salientar que os números de casos (média de 46,8 mil casos novos por dia) e de óbitos (1.160 óbitos por dia) estão ainda em patamar muito elevado”, ressaltam.

Carlos Nealdo/GAZETAWEB
FOTO:Reuters/Amanda Perobelli