Na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, tudo remete agora à próxima legislatura. É fim de festa. Há muito – como já ocorria no processo eleitoral – que os deputados estaduais “trabalham” com o freio de mão puxado, mesmo ganhando exatamente o mesmo salário e benefícios que saem do bolso do contribuinte.

Sem recesso, por ainda não terem apreciado o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019, a maioria dos parlamentares mal comparecem ao plenário. A Casa não entra em polêmicas e os assuntos em pauta são os que dizem respeito apenas aos bastidores, como por exemplo, a eleição do próximo presidente do parlamento que leva o nome de Tavares Bastos.

O clima maroto dos bravos heróis é típico dos funcionários que não precisam prestar contas aos patrões. Um exercício do desperdício do dinheiro público. Tudo deve ficar mesmo para o ano que vem. Nossos deputado estaduais, com exceções, o espírito natalino deve causar fadiga.

No caso da Lei Orçamentária de 2019, o proeto foi apreciado apenas em primeira discussão. Na quarta-feira passada não houve número suficiente de deputados estaduais no plenário para dar sequência. A próxima tentativa de se aprovar a matéria ficará para o dia 26 de abril, após o Natal. Quem sabe?

De acordo com o jornal Tribuna Independente, o deputado estadual Inácio Loiola (PDT) ficou insatisfeito com o adiamento, afinal os deputados ficam impedidos de entrarem em recesso e é difícil descansar entre tantas faltas ao trabalho, não é mesmo? O trabalhador comum deve saber o que é isso…ou não?

Mas é assim o clima de fim de ano em muitos parlamentos espalhados pelo país. A Casa de Tavares Bastos tem agora preocupações mais urgentes que o orçamento estadual, como a composição política do futuro governo, a eleição de seu futuro presidente e saber quem é bancada quem não é…e por aí vai…

Não cobremos de nossos heróis coisas mais urgentes, como a obrigação regimental, que inclui dentro de prazos previstos – porém raramente cumpridos – a aprovação de um orçamento de R$ 12.354.145.521,00 bilhões. O Regimento Interno estabelecia até o dia 15 para que os deputados entrassem então em recesso. Mas, sabe como é: é tanto trabalho que o plenário se esvazia…

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