Dirigentes de partidos alinhados ao novo governo federal estão assustados com a série de informações desencontradas, recuos e notícias desfavoráveis de membros da gestão Jair Bolsonaro.

Segundo a coluna “Painel”, da “Folha de S. Paulo”, os aliados avaliam que os nomes que estão na linha de frente do governo estão “abusando do direito de errar”, e cobram do presidente um freio de arrumação em sua casa. Se nada for feito, Bolsonaro poderá encontrar dificuldades para conseguir seus objetivos no Congresso Nacional.

Os aliados do novo governo acreditam que ainda há tempo para colocar as coisas no eixo e defendem que a cobrança deve partir de Bolsonaro, pessoalmente.

O incômodo dos aliados é justificado por diversos acontecimentos da gestão Bolsonaro, como o anúncio por parte do presidente sobre o aumento do IOF, revisão da tabela do imposto de renda e uma idade mínima para a reforma da Previdência, questões que foram desmentidas depois. Além disso, teve o recuo sobre a instalação de uma base militar norte-americana em solo brasileiro e a não apresentação de metas após duas reuniões ministeriais.

As notícias de que o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni usou notas fiscais sequenciais da empresa de um amigo para pedir verba indenizatória da Câmara e a promoção do filho do vice-presidente Hamilton Mourão no Banco do Brasil também causaram desconforto aos aliados do novo governo nesse início da gestão Bolsonaro.

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