A jangada é o símbolo de Maceió. Para a economia local, é o “ícone”, define o secretário municipal de Turismo, Jair Galvão, ao afirmar que a embarcação tradicional contribui na atração de mais de dois milhões de turistas na temporada de verão. Estima-se que, em Alagoas, haja mais de mil jangadas, 400 delas em Maceió, das quais 180 ficam na areia da Pajuçara e fazem passeios turísticos para as piscinas naturais.

A maioria das jangadas pertence a pescadores humildes. Cada embarcação garante no mínimo cinco empregos diretos. Quando partem para a pesca, levam três pescadores; dois “roleiros” (ajudantes) ficam em terra para colocá-las no mar e à noite recolher para areia. As que fazem passeios para as piscinas também empregam dois “roleiros”, um tripulante (geralmente o proprietário), um ajudante e um garçom, que recepcionar os turistas nas piscinas.

No passeio de uma hora e meia, a lotação é de seis passageiros e cada um paga R$ 30. Quando a maré permite, as jangadas conseguem fazer dois passeios por dia, e o faturamento dobra. Parte do faturamento é destinado ao pagamento do “roleiro”, que cobra R$ 20 para colocar a jangada no mar e, no final do dia, recolocá-las na areia. Cada ajudante também recebe diária de R$ 20.

 

GAZETA DE ALAGOAS