O prefeito Rui Palmeira afirmou na manhã desta segunda-feira, 14, durante entrevista coletiva na sede da Prefeitura, em Jaraguá, que já está sendo pensado um plano de contingência para o bairro do Pinheiro, em caso de emergência.

Palmeira foi questionado pelo TNH1 sobre as imagens que circulam nas redes sociais desde o fim de semana, que mostram áreas de maior e menor risco para afundamentos, e a possibilidade de um treinamento para os moradores do bairro.

“O plano de contingência já está sendo pensando, pois temos que pensar em todas as possibilidades. Isso já está sendo articulado com a Defesa Civil Municipal junto com a Defesa Civil Nacional”, declarou.

Apoio do Governo Federal

O prefeito informou ainda que na próxima semana o chefe da Defesa Civil Nacional deve estar em Maceió para ajudar o Município em relação à situação do Pinheiro, após anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro determinou na última sexta-feira, 11, que o Governo Federal adotasse as ações necessárias para agilizar a identificação do fenômeno. Rui Palmeira explicou, durante a coletiva, quais as necessidades de auxílio da Prefeitura.

“Precisamos de apoio financeiro para algumas famílias que já saíram de suas casas e outras que precisam sair, já que há o risco iminente para alguns imóveis. Então, solicitamos um recurso para que possamos pagar mensalmente um valor para essas famílias. Protocolamos isso no final do ano passado para, assim que formos à Brasília, confirmarmos se teremos esse apoio do Governo Federal para minimizar o sofrimento dessas famílias”, relatou Palmeira.

Resultado de estudos está previsto para março

A causa dos tremores no bairro ainda não é conhecida, mas o prefeito disse que especialistas realizam estudos na região desde o ano passado. O diagnóstico deve ser fechado e divulgado em março por órgãos como Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a Agência de Mineração.

O prefeito foi questionado também se a Braskem teria se posicionado sobre o assunto já que há especulações de que uma possível causa seria a extração de salgema feita pela empresa na região do entorno lagunar, que também abrange o Pinheiro.

“A Braskem tem realizado estudos com vários pesquisadores contratados. Acredito que ela também está bastante interessada em descobrir quais as causas, que podem ser a extração da salgema, pela quantidade de fossas e poços de água ou instabilidade do próprio terreno. Tudo o que se fala hoje é especulação e não ajudam os próprios moradores”, declarou.

O tremor no bairro do Pinheiro aconteceu no dia 3 de março de 2018 e deixou marcas nas ruas, casas e apartamentos na região, fazendo com que muitos moradores tivessem que deixar seus imóveis.

TNH1.COM