O Ministério Público Estadual vai pedir a suspensão das licenças ambientais de poços da Braskem localizados no bairro do Pinheiro. O requerimento será feito pelo procurador-geral de justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, diretamente ao governador Renan Filho, para quede modo que o chefe do Poder Executivo determine que o Instituto do Meio Ambiente (IMA) casse, de forma temporária, essas licenças até que um estudo definitivo sobre a causa das rachaduras nas ruas e residências que estão afetando vias e imóveis do bairro. Mendonça  também quer que a empresa apresente os laudos de operações de todos os 35 poços de exploração do mineral em Maceió.

Nesta terça-feira, Mendonça se reuniu com representantes da Braskem. O diretor de relações institucionais da empresa, Milton Pradines, informou que os poços de exploração no Pinheiro foram desativados em 2018, logo depois que um tremor de terra foi registrado na região.

Segundo os técnicos da empresa, logo após o fenômeno, foram realizados testes que concluíram que as cavernas de exploração do sal-gema estavam intactos. Mesmo assim, o procurador-geral de Justiça considerou necessário pedir a suspensão das atividades como medida preventiva.

A Braskem voltou a negar relação entre sua atividade de exploração e o tremor de terra no Pinheiro, bem como os prejuízos que o bairro vem sofrendo. Entretanto, os representantes da indústria química disseram não ter um estudo de como era a situação do terreno antes que fosse iniciada as atividades na região, ainda na década de 1970. Os técnicos também não souberam precisar a quantidade de sal-gera já retirada dos poços que estavam em exploração.

 

Por Portal Gazetaweb.com