Os coordenadores do Núcleo Acadêmico Afro e Indígena CESMAC (NAFRI), Prof. Dr. Jorge Vieira, e do Núcleo de Idiomas do Centro Universitário CESMAC (NUI), Profa. Doutoranda Morgana Medeiros, estiveram na última quinta-feira, 21, na Comunidade Quilombola de Santa Luzia do Norte para desenvolver um projeto de ensino de línguas estrangeiras na comunidade, onde foram recebidos por dona Tota, líder comunitária. No galpão onde foram reunidos os moradores, estavam também outros dois professores doutores do NUI, Tacy Santana Machado e Sílvio de Abreu. A visita é a continuidade do trabalho que já vem sendo realizado pelo NAFRI há 3 anos, entre eles o “Direito dos Quilombolas”, atendimentos com a equipe de Odontologia e Medicina Veterinária, prevenção de doenças, entre outras atividades.

Desta vez, o foco é o ensino das línguas inglesa e francesa. No levantamento inicial, imediatamente 30 pessoas se interessaram pelas aulas, que a princípio, serão ministradas aos sábados pela manhã na própria comunidade. Junto a isso, o Núcleo de Robótica estará disponibilizando um aplicativo para que os quilombolas estudem e tirem dúvidas remotamente.

“Nosso objetivo é que esse projeto funcione como um intercâmbio onde quem ensina aprende e quem aprende, ensina. A troca é muito satisfatória, pois a IES está investindo no processo, sendo uma oportunidade para capacitar e dar acesso à programas de educação. Aprender uma língua é abrir fronteiras e oportunidades, levando sua própria cultura de origem para onde for”, concluiu Morgana Medeiros, que dará as aulas de inglês. Já as aulas do idioma francês serão ministradas pela Profa. Dra. Tacy Santana Machado.

As aulas devem começar no próximo dia 16 de março e levarão em conta a idade e escolaridade dos alunos. A idade mínima para ingressar no curso básico é de 12 anos. Dona Tota, que também fará as aulas, agradeceu aos professores e falou da sua gratidão pelo CESMAC, “ normalmente as pessoas vem aqui, pegam nosso conhecimento e vão embora. Vocês sempre voltam com apoio, contribuição e solidariedade com a Comunidade Quilombola”.

TRIBUNA HOJE