Moradores do bairro do Mutange fazem um grande protesto na via principal, na manhã desta segunda-feira (25). Os dois sentidos da região ficaram completamente interditados. Os populares buscam resposta do poder público sobre a informação de que a localidade seria considerada área de risco e haveria suposta evacuação, assim como acontece no Pinheiro.

A reportagem da TV Gazeta foi até o local e conversou com a comunidade. No início da manhã, dezenas de moradores espalharam vários galhos de árvore na avenida principal do Mutange, impedindo a passagem dos motoristas. Eles alegam que precisam de uma resposta, junto ao Ministério Público (MP), acerca do destino das famílias, após notícia de suposta evacuação no bairro, que também seria considerado área de risco pelas autoridades.

Devido ao bloqueio, três guarnições da Polícia Militar (PM) foram acionadas ao local e conseguiram convencer os moradores a não bloquearem a Ladeira do Calmon, em Bebedouro, já que a intenção da comunidade seria bloquear essa região. Mesmo assim, o trânsito está bastante congestionado na localidade e os moradores precisam desviar a rota e seguir por outras vias.

Durante a reportagem, os populares se organizavam para bloquear a Grota do Padre, situada no bairro do Bom Parto. Eles também se dirigiram para uma unidade da Braskem situada no Mutange, onde fizeram uma corrente de oração ao redor da via.

Em resposta à demanda, a assessoria de comunicação da Defesa Civil Municipal informou que, oficialmente, não há determinação sobre evacuação no Mutange.

Por volta das 9h30, uma comissão de moradores se reúne com o gerenciamento de crises e o promotor de Justiça Antônio Malta Marques, no Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (Caop) do Ministério Público Estadual (MPE), situado na Avenida Fernandes Lima, no Farol.

AUXÍLIO FEDERAL

Nesta semana, o prefeito Rui Palmeira (PSDB) e o subsecretário municipal de Defesa Civil, Dinário Lemos, reúnem-se, em Brasília, com o governo federal para solicitar recursos para a construção de um novo bairro na capital alagoana.

A nova região deverá abrigar, inicialmente, 10 mil famílias que hoje residem nos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e a localidade conhecida como Ladeira do Calmon.

A nova área habitacional, na avaliação do o subsecretário de Defesa Civil, não pode ser em áreas distantes, como no Benedito Bentes ou Tabuleiro do Martins. “Tem quer ser próximo ao centro de Maceió, como está localizado o Pinheiro”, defendeu.

A Prefeitura vai receber mais R$ 14 milhões para destinar às famílias cadastradas no Pinheiro. Nesta terça-feira (26), terá uma força tarefa no bairro para atender e cadastrar outros moradores das novas áreas que têm de ser desocupadas.

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