Após o relatório conclusivo da CPRM apontar a atividade de mineração da Braskem como a causa principal da instabilidade no solo dos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), afirmou que o município vai a Justiça buscar o ressarcimento para os moradores das regiões afetadas pelas rachaduras depois do tremor de terra.

“Já estou junto tocando com a Procuradoria Geral do Município para entrarmos com as ações judiciais contra a Braskem para os devidos ressarcimentos aos moradores dos bairros e ao município de Maceió”, informou Rui.

O prefeito assegurou, ainda, que a responsabilidade da atividade de mineração e da fiscalização cabe à União Federal, mas que já está buscando resolver o assunto .

“Já estamos solicitando uma série de agendas em Brasília, buscando os próximos passos para minimizar e resolver os problemas dos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro. A prefeitura continuará trabalhando nessas regiões mas, claro, precisamos de toda a ajuda nesse momento”, falou.

Extração de sal-gema

O Serviço Geológico divulgou, durante audiência pública, na manhã desta quarta-feira (8), no auditório da Justiça Federal, que o relatório é conclusivo e aponta que está ocorrendo a desestabilização das cavidades provenientes da extração de sal-gema, provocando um fenômeno chamado halocinese (movimentação do sal) e criando uma situação dinâmica com reativação de estruturas geológicas antigas, subsidência (afundamento) do terreno e deformações rúpteis na superfície (trincas no solo e nas edificações em parte dos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro.

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