Por telefone, o coronel Eugênio, que coordenava a guarnição da Força Tarefa, relatou que os militares efetuavam rondas pela região – considerada altamente vulnerável em virtude dos constantes assaltos -, quando avistaram José Ferreira Dias Sobrinho, de 45 anos, e um adolescente.

“Quando chegamos, vimos o carro no canavial, um Renault Sandero, e pensamos até que seria algum cidadão com problemas no veículo. Porém, ao nos aproximarmos, flagramos o automóvel em chamas. Eles foram surpreendidos porque o giroflex da viatura não estava aceso”, contou o militar, acrescentando que os suspeitos já haviam retirado a bateria do veículo, que pegou fogo completamente.

Após o flagrante, a guarnição colocou os suspeitos na mala da viatura e os conduziu para a Central de Flagrantes. O carro em que a dupla estava para cometer o crime era um Fiat Uno, apreendido pela polícia.

INVESTIGAÇÕES

Já na presença do delegado plantonista, José Ferreira narrou que a dona do carro havia feito um acordo com ele para destruir o veículo e acionar o seguro, visando ao pagamento de dívidas, uma vez que o seguro cobriria o suposto sinistro.

“Ao invés de a proprietária ir à delegacia e fazer o BO [Boletim de Ocorrência], ela ligou para o Copom [Centro de Operações da Polícia Militar] relatando que foi vítima de um assalto. A primeira versão apresentada pelos suspeitos foi de roubo, mas a segunda foi a negociação com a proprietária. Vimos, inclusive, no celular de um deles, conversas com a dona do carro”, reforçou o coronel.

GAZETAWEB.COM