Durante evento realizado nesta quarta-feira (5), no bairro do Jacintinho, em Maceió, o prefeito Rui Palmeira (PSDB) falou sobre o pedido de ajuda solicitado no mês passado ao governo do Estado em apoio aos moradores dos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, afetados pela atividade mineradora da Braskem. Segundo o prefeito, até o momento, nenhuma resposta foi recebida por parte do município.

“Ainda não obtivemos resposta e estamos aguardando um posicionamento do Governo do Estado, pois precisamos trabalhar juntos. O Governo Federal tem feito seu trabalho, através da CPRM e da Defesa Civil Nacional, e a prefeitura tem feito seu papel e tido um grande gasto com toda essa situação”, destacou Rui.

O prefeito ressaltou que o município isentou os moradores dos três bairros do pagamento do IPTU e de outras taxas, o que representou cerca de R$ 20 milhões a menos nos cofres públicos, que seriam provenientes do pagamento desses impostos. “A Prefeitura realmente precisa de todo o apoio e é importante que o Governo do Estado possa nos ajudar no que foi solicitado”, afirmou.

Sobre o assunto, na semana passada, o governador em exercício, Luciano Barbosa, falou que o estado iria sentar para conversar com o município sobre os problemas enfrentados pelos moradores dos bairros afetados pelas rachaduras, ressaltando a importância de todos trabalharem juntos.

Sobre a divulgação do Mapa de Feições, que vem sendo aguardado com ansiedade pelos moradores dos três bairros, o prefeito disse que essa é uma situação que depende da Defesa Civil Nacional. Ontem, o coordenador da Defesa Civil Municipal, Dinário Lemos, afirmou que esse novo mapa seria conhecido até a sexta-feira (7).

“Estamos aguardando a definição da Defesa Civil Nacional, pois não é uma questão que cabe à prefeitura. Assim que houver uma definição, vamos divulgar para toda a população”, disse.

Ainda durante entrevista, Rui Palmeira falou sobre a greve dos servidores municipais, que pedem reajuste salarial. O prefeito citou a situação financeira complicada pela qual passa o município e lembrou que vem pagando rigorosamente em dia os vencimentos do funcionalismo público. Também falou que, atualmente, o município está impedido, por lei, de conceder reajuste salarial, tendo em vista já ter ultrapassado a cota de 51% com gasto com pessoal prevista pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“A gente faz o que é necessário. Mesmo com toda dificuldade, estamos pagando rigorosamente o salário dos servidores. É difícil um ano que a gente consiga passar sem greve. Até em 2013, quando foram concedidos 9% de reajuste, teve greve. Eu acho que às vezes falta bom senso por parte de alguns sindicatos. Estamos estrangulados e, por lei, impedidos de conceder reajuste, mas a mesa de negociação está aberta e as conversas continuam”, pontuou.

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