Além de anunciar que o Governo entrou na Justiça para impedir a venda segmentada da Braskem, o governador Renan Filho afirmou também, nesta sexta-feira (7), que pretende agir junto à Prefeitura na resolução dos problemas do Pinheiro. Ele comentou os ofícios enviados pelo prefeito Rui Palmeira.

Em maio, o prefeito encaminhou um ofício ao governador com um pedido de ajuda para solucionar a situação dos moradores tanto do bairro como também do Mutange e do Bebedouro, afetados pela atividade de mineração desenvolvida pela Braskem. O documento também foi encaminhado a secretários estaduais.

Renan disse que vai ligar para Rui. “Nesse momento, muito mais do que ofício, a gente tem que estar junto. Depois desse anúncio de hoje eu vou pessoalmente ligar para o prefeito de Maceió, para o ministro da Integração Nacional, o ministro de Minas e Energia para fazer chegar ao presidente, para que a gente atue integradamente”.

Segundo ele, o importante é as medidas a serem adotadas.”O Governo do Estado estará pronto para utilizar todas as suas possibilidades para ajudar a Prefeitura, o Governo Federal e para ser ajudado por eles para que a gente trabalhe para dar solução ao bairro do Pinheiro, que é um caso atípico”, disse.

O governador acrescentou ainda que o objetivo é garantir o apoio às famílias afetadas. “A gente precisa garantir para as pessoas que lá residem uma alternativa e ela só virá pelo esforço coletivo de todos nós”, ressaltou Renan Filho.

Ofícios

Nos ofícios protocolados pelo prefeito, ele ressalta que há riscos de desabamentos que implicam, por sua vez, em “riscos diretos à integridade da população”. Ele também fala da incapacidade do município em ofertar soluções para a população.

“A incapacidade e a gravidade da situação e seus desdobramentos econômicos e sociais evidenciam, no entanto, a incapacidade técnica, financeira e de pessoal desta municipalidade. De fato, a administração municipal vê-se incapaz de ofertar, sozinha, as soluções necessárias à resolução da problemática enfrentada pela comunidade local”.

O documento pede a intervenção do Estado para tentar agilizar a liberação dos aluguéis sociais para as mais de duas mil famílias que vivem nas áreas de risco.

Por Larissa Bastos e Tatianne Brandão