width=

A vida de uma pessoa que recebe o diagnóstico de câncer tem um grande número de mudanças. Quimioterapia, radioterapia, sonda, cateter, remédios, queda de cabelo… As preocupações são diversas e muitas pessoas acabam deixando a prática física de lado.

Contudo, é consenso que o exercício físico não somente é seguro durante o tratamento, como traz também muitos benefícios para passar por essa fase com mais qualidade de vida. Ele melhora o funcionamento do corpo, diminui a sensação de fadiga causada pela quimioterapia, diminui a ansiedade e aumenta a autoestima.

Publicidade
powered by Rubicon Project

Além disso, os exercícios também ajudam a manter a composição corporal adequada (ou seja, a distribuição entre músculos, gordura e ossos no corpo), a diminuir a perda de massa muscular e a manter o coração funcionando bem.

Cuidado redobrado

Mesmo com todos esses benefícios, é muito importante que as pessoas em tratamento de câncer tenham cuidado redobrado durante os exercícios. Afinal, não adianta querer fazer toda a atividade física que seu corpo nunca fez, muito menos de uma vez só. Se a pessoa era sedentária, é sugerido iniciar com atividades leves e de pouca duração. Dez minutinhos por dia de uma caminhada leve, já está de bom tamanho.

O ideal é que sejam feitos 150 minutos de atividade ao longo da semana, tempo este dividido entre exercícios de resistência muscular e aeróbicos, mas sempre de intensidade baixa. Para as pessoas que estão em tratamento de câncer, alguns quadros precisam ser observados:

Anemia severa: deve-se postergar o início das atividades, até que a anemia tenha melhorado.

Imunidade baixa: é evitar fazer exercício em locais públicos ou com muita gente, até que a imunidade tenha melhorado.

Radioterapia: deixa a pele sensível, então, é prudente evitar piscinas com água clorada.

Cateteres e sondas: cuidado com água da piscina, mar ou lago para evitar contaminação por micro-organismos indesejados. Também evite fazer exercícios de resistência nos grupos musculares próximos ao cateter ou sonda.

Alteração da sensibilidade nos pés ou no equilíbrio: a habilidade de fazer exercícios que utilizam as pernas pode estar reduzida. Prefira atividades como, por exemplo, bicicletas ergométricas, cujo risco de queda é menor.

Acometimento ósseo (lesões ósseas ou osteoporose): as atividades devem ser orientadas a fim de evitar quedas ou lesões.

Estadão

FOTO GOOGLE