O presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Alagoas (Fetag-AL), Givaldo Teles, criticou nesta quinta-feira (27) o modelo do Plano Safra 2019/2020, lançado nesta semana pelo Banco do Brasil. Para ele, o modelo anunciado não beneficia o pequeno produtor rural alagoana. Os pequenos, médios e grandes produtores rurais contam com R$ 225,59 bilhões na modalidade agrícola e pecuária e R$ 1 bilhão no seguro rural.
De acordo com o presidente da Fetag/AL, as taxas de juros dos financiamentos do Plano Safra vão de 3% a 10,5% ao ano. A menor faixa sofreu um aumento de 0,5% em relação ao último ciclo. Ainda segundo Givaldo Teles, a época do ano em que o lançamento acontece também não é favorável a agricultura familiar.
“A gente não tem muito o que comemorar com o Plano Safra 2019/2020, primeiro que ele foi lançado apenas agora. Um decreto do presidente suspendeu o crédito para a agricultura familiar até o final de julho. E só pode financiar se pagar dentro do mesmo ano. O juros aumentou de 2,5% para 3%”, pontuou Teles.
“É a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o governo considera que a agricultura é uma só. O pequeno produtor vai ficar a reboque”, comentou sobre as condições para aderir ao Plano Safra. Segundo Givaldo, as alterações realizadas no programa pelo Governo Federal não beneficiam a agricultura familiar, principalmente para quem trabalha com culturas de dois ciclos, como a mandioca e o abacaxi, que podem levar de dois a dois anos e meio do plantio até a colheita.
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