O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, pediu informações ao ministro Luís Roberto Barroso sobre a decisão que autorizou na semana passada busca e apreensão no gabinete do líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

O prazo para resposta é de 72 horas. O ofício foi enviado ao gabinete de Barroso nesta quinta-feira (26). Toffoli pediu os dados diante de ação proposta pela Mesa do Senado.

Ao Supremo, o Senado cita que a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, foi contra a operação da Polícia Federal. Para o Senado, como a PGR é a titular da ação penal, Dodge teria que ter autorizado as buscas.

A mesa quer a suspensão da análise do material apreendido no gabinete e a devolução imediata ao Senado.

Depois do pedido, o procurador-geral em exercício, Alcides Martins, enviou novo documento ao STF dizendo que via indícios para a realização da operação.

Após Barroso prestar informações, Toffoli decidirá individualmente sobre o questionamento da Mesa do Senado ou definirá se o caso deve ser analisado pelos onze ministros em plenário.

O pedido de informações é praxe no Supremo antes de se tomar uma decisão, mas não é obrigatório.

Na última quinta (19), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete de Fernando Bezerra e no gabinete do filho dele, o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE), na Câmara.

Segundo a PF, há suspeitas de que os dois receberam juntos R$ 5,538 milhões em propina de empreiteiras.

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