A maioria da bancada alagoana no Senado votou contra a reforma da Previdência na terça-feira (1º). Dos três, apenas Rodrigo Cunha (PSDB) votou a favor do texto. Renan Calheiros (MDB) e Fernando Collor (PROS) votaram contra.

Em nota, Rodrigo Cunha ressalta já vir se manifestando favorável à reforma há algum tempo.

“Além de ser do PSDB, partido reformista por natureza, estudou o assunto desde o início dos debates, sendo convencido da necessidade de fazer mudanças agora para que as próximas gerações também tenham o direito de receber uma aposentadoria. Embora tenha consciência de que a reforma não vá resolver todos os problemas econômicos do país, ele tem confiança de que é um passo importante para o equilíbrio das contas e a criação de melhores condições para a retomada dos empregos e do investimento”, afirma o senador.

Já o senador Renan Calheiros, diz ter votado contra por não crer numa reforma da Previdência sem desenvolvimento econômico.

“Um regime sustentável de previdência social que demonstre isso na prática sem crescimento econômico não há. Não há. O crescimento econômico é uma equação fundamental para se acabar com o déficit da previdência. A conta vai para os mais pobres que vivem na informalidade. Mesmo esse modelo que está aí, quando conviveu com o crescimento econômico elevado, nós zeramos o déficit previdenciário. Essa reforma já vem marcada pelo fato de mandar a conta para os mais pobres, para os trabalhadores, prejudicando a grande maioria dos brasileiros”, afirma o emedebista.

Para Fernando Collor, a reforma da Previdência não vai resolver o problema do desemprego nem retomará o crescimento econômico do país.

“As autoridades acabaram por reconhecer que ela não resolverá o problema do desemprego e não promoverá a retomada do crescimento. Mas grande parte dos brasileiros foi convencida de que todos os nossos problemas desaparecerão no dia seguinte à sua aprovação, caso ocorra. Isso, a mudança de um dia para o outro do quadro nacional, é óbvio, não acontecerá. Será muito difícil lidar com a descrença das pessoas”, diz “Há propostas mais adequadas para conciliar o a gestão das contas públicas com a continuidade dos serviços de assistência social no país. Uma proposta mais adequada deveria conciliar o equacionamento fiscal com o fortalecimento da cidadania e a garantia da justiça social”, afirma o senador do PROS.

SEGUNDO TURNO

Para a reforma da Previdência ser aprovada de vez no Senado, é preciso que ela passe por outra votação. A sessão do 2º turno deve ocorrer na próxima semana.

Fonte: Tribuna Independente