Passados sete dias do início da operação padrão, os agentes de fiscalização de trânsito da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Maceió seguem sem avanços na negociação com a Prefeitura de Maceió. Serviços como o lavramento de multas de trânsito (AITs), confecção de boletins de acidentes de trânsito a partir das 21h e a fiscalização de ônibus coletivos com irregularidades e que trazem risco aos passageiros estão paralisados.

A operação tem o objetivo de chamar a atenção da prefeitura para os graves problemas da segurança viária, dentre elas, a falta de equipamentos para o desempenho da função, a periculosidade do ambiente de trabalho e o não cumprimento de direitos da classe.

O presidente do Sindicato dos Agentes de Trânsito de Alagoas (Sindatran/AL), José Glauco, disse que o movimento não está penalizando a população.

“É importante esclarecer que a sociedade não está sendo penalizada de forma nenhuma. Diariamente estamos nas ruas cumprindo o nosso trabalho, principalmente no que tange ao atendimento a acidentes de trânsito e ao ordenamento do fluxo viário”, esclarece.

De acordo com o presidente, a operação padrão consiste no não lavramento de multas de trânsito (AITs), confecção de boletins de acidentes de trânsito a partir das 21h somente com o apoio da PM e a fiscalização de ônibus coletivos com irregularidades e que trazem risco aos passageiros.

Tabela salarial ainda não implantada

O movimento também tem o objetivo de cobrar direitos da classe já garantidos pelo Estatuto do Servidor Municipal e a promessa da implantação dessas garantias pela atual gestão, a exemplo da progressão por mérito e o projeto de lei de correção da tabela salarial, defasada desde 2012.

“As tratativas com a Prefeitura não evoluíram desde a última operação padrão, há cerca de três meses. Precisamos dessa valorização que é, simplesmente, um direito garantido. Ao contrário do que muitos pensam, agente de trânsito não recebe por multa aplicada. Realizamos um trabalho de risco nas ruas e com um baixo efetivo, sendo que as atribuições ao longo dos anos só vêm aumentando”, acentua José Glauco.

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