Em quatro dias, a 9ª Bienal do Internacional do Livro de Alagoas, que este ano está sendo realizada no bairro histórico de Jaraguá, com o tema ‘’Livro Aberto: Leitura, Liberdade e Autonomia’’, já recebeu cerca de 30 mil pessoas segundo a organização. A Bienal que é consolidada como o maior evento literário, cultural e social do estado está sendo aplaudida tanto pelos visitantes quanto pelos expositores que aprovaram o novo formato.
A secretária de educação de Porto de Pedras, Márcia Cunha, disse que o município está trazendo 50 estudantes por dia para prestigiar o evento e que até o próximo dia 10, quando terminam as atividades da Bienal, serão 450 ao todo. Um grupo que estava aos cuidados dos professores do município aproveitou para registrar o momento em vários espaços do evento.
“Não tenho nada a reclamar, a estrutura está ótima. A ideia de vir para um espaço aberto é maravilhosa. Segurança impecável, um espaço aberto para todos os públicos. Uma maravilha’’, comenta Márcia Cunha acrescentando que ainda é possível contar a história do bairro para os alunos que “ficam encantados com tudo.’’
A expositora da editora Promo Livros, Juliana Teixeira, ressalta que é a primeira vez que participa da Bienal de Alagoas e não esconde a alegria de poder fazer parte do evento.
“É a primeira vez que participo. Apesar de não comparar pessoalmente com as anteriores, te digo que estou amando toda a estrutura. Muitos colegas falaram que está bem melhor que as últimas, inclusive alguns não informaram que não iria vir se fosse no centro de Convenções porque achavam o local pequeno para a quantidade de pessoas que faziam a visita, e pelo que vi até o momento a movimentação está excelente’’, avalia a expositora.
O evento que foi além dos “muros” da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para promover a acessibilidade à leitura e à cultura com o intuito de estar mais perto da sociedade com a palavra de ordem definida pelos organizadores como sendo interação, também está agradando os autores convidados.
A autora infantil Isvânia Marques de Palmeira dos Índios parabeniza toda a organização pela estrutura e o formato deste ano.
“Participei de todas as edições, e esta vem sendo muito especial justamente por este formato mais aberto, amplo e dinâmico usando todos os espaços do bairro, prédios históricos e ruas. A estrutura está impecável, nada a reclamar. Por aqui, a gente compartilha conhecimentos – acaba levando maior entretenimento para o público que é desde criança a idosos, as ruas ganharam vida, cor, animação que se juntaram a história do bairro’’.
Quem passar pelo bairro, nas ruas históricas, vai encontrar vários personagens que saíram dos livros dando alusão ao tema escolhido reafirmando que a leitura transforma vidas.
Expectativa da organização é de receber 300 mil visitantes
Segundo a produtora cultural da Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal), Carol Almeida, a expectativa de público até o fim do evento é de 300 mil visitantes. “A expectativa dos organizadores é cerca de 300 mil visitantes durante os dez dias de eventos que vai devolver ao bairro histórico do Jaraguá o seu protagonismo cultural reintegrando o bairro e seus significados para a população”.
Ainda segundo a produtora cultural, os primeiros dias superaram as expectativas da produção do evento. “É como se Maceió inteira estivesse no bairro de Jaraguá. Já passaram pela feira de cerca de 30 mil pessoas. São 71 estandes nesta edição que, além de acontecer em um local novo, com atividades descentralizadas, este ano a Bienal traz uma vasta programação cultural e acadêmica’’, comenta informando que, à disposição do público, estão os banheiros dos prédios onde acontecem as atividades e banheiros químicos. Para alimentação, um café no Espaço Armazém e food trucks na Praça Dois Leões.
Nos famosos prédios históricos da Rua Sá e Albuquerque, como o Iphan, o Misa, a Associação Comercial, o Espaço Armazém e o Arquivo Público de Alagoas acontecem às atividades que vão desde palestras, bate-papos, oficinas, lançamentos de livros e até programação cultural de vários estilos.
A diretora da Edufal Elvira Simões Barretto, conta que são 71 estandes montados, e cerca de 60 editoras e livrarias comercializando obras durante os dias de eventos. “Além disso, estarão presentes autores e escritores de nomes nacionais e internacionais’’.
Barretto avalia que a 9ª é um livro aberto escrito por várias mãos. “Estamos na fase de finalização deste grande evento que homenageia todos os alagoano, toda a população representada pela no âmbito da literatura, da arte, da música, da cultura – um espaço histórico que nos recebeu muito bem. Um esforço que valeu a pena e que a gente espera que seja abrilhantado ainda mais com a presença de todos os alagoanos que estão entrando nesse grande livro que se abriu nesta bienal.
Fonte: Tribuna Independente