A permanência do deputado Cabo Bebeto no PSL, sigla que o elegeu para seu primeiro mandato eletivo, está com os dias contados. É que o parlamentar está diretamente envolvido com o processo de articulação para criar o partido Aliança pelo Brasil idealizado pelo presidente Jair Bolsonaro, primeiro a deixar o PSL.

No início do ano ele participou do I Encontro Cearense de apoiadores do Aliança pelo Brasil, onde acabou se comprometendo com sua construção em Alagoas. No Estado, o evento para a coleta de assinaturas físicas será realizado no dia 7 de fevereiro, a partir das 16h, no Hotel Ritz Lagoa da Anta. A meta é conseguir 1.500 apoiadores formais para a sigla.

A ideia é reunir simpatizantes da ideia e integrantes de movimentos de direita. A meta, em todo Brasil, é alcançar 492 mil assinaturas. Até o momento já foram conseguidas aproximadamente 200 mil registradas em cartório. Por isso, outros eventos semelhantes estão marcados para acontecer a partir do dia 18 de janeiro. Em alguns deles o próprio Bolsonaro será o chamariz. Já em Alagoas a convidada será a deputada Carla Zambelli (PSL-SP).

Ainda não há confirmação. Mas, conforme revelou Bebeto como o presidente teve uma expressiva votação no Estado que ela possa estar presente. “Alagoas foi Estado que mais deu votos a Bolsonaro em todo o Nordeste. Por esse motivo, esperamos que ele possa vir a Maceió”, defendeu Bebeto único deputado eleito pelo PSL.

Tanto ela quanto Bebeto não se desligaram do ex-partido do presidente por uma questão legal. Caso o façam, sem motivo, podem vir a perder o mandato, uma vez que pela legislação ele pertence a legenda e não ao parlamentar.

Quando teve a ideia de criar uma nova legenda “limpa” de suspeitas de corrupção, depois que denúncias apontaram que o PSL criou candidaturas “laranjas” em alguns estados, Bolsonaro informou que queria o apoio de religiosos, em especial, evangélicos.

Mas, católicos, empresários e associações têm sido convidas a se mobilizarem. O princípio é não ter ligação com nenhum organismo progressista, ser a favor da família tradicional (contra a união civil entre homossexuais), contra o aborto, a descriminalização da maconha, apoiar os princípios nacionalistas, o próprio presidente Bolsonaro e a economia liberal.

O esforço dos simpatizantes e futuros militantes do Aliança Pelo Brasil é contra o tempo. Isto porque até o momento o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não definiu se a legenda em construção também poderá captar apoios por meio de dados biométricos.

Na semana passada um pequeno grupo de simpatizantes coletaram assinaturas na Praça Monte Pio dos Artistas. A única exigência é que os interessados em colaborar estejam com a carteira de identidade e o título de eleitor.

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