Mais um estudo sísmico vai ser iniciado nesta quarta-feira (4), na Lagoa Mundaú, em Maceió. O levantamento a ser feito pela Braskem faz parte das investigações da origem da instabilidade do solo em diversos bairros da parte baixa e deve durar uma semana, em média.

O trabalho consiste em fazer uma espécie de ultrassom no fundo da lagoa por meio de um equipamento de rastreio instalado em uma balsa.

Apesar de a petroquímica garantir que o estudo não vai prejudicar a pesca na região nem provocar barulhos ou vibrações, os pescadores estão receosos pela possibilidade de ficar oito dias, no mínimo, sem trabalhar.

O pescador Jailson da Silva disse que ficou sabendo deste trabalho por uma mensagem de texto compartilhada pelo celular. Ele alega que não houve uma comunicação oficial e direta da empresa responsável pela pesquisa aos representantes dos pescadores e diz temer que o estudo possa prejudicar a pesca.

“Não podemos deixar de trabalhar, de tirar o sustento dos nossos filhos para a Braskem fazer o trabalho dela. Como fica a nossa situação? Uma semana parada para o pescador é sinônimo de prejuízo muito grande, pois a gente sobrevive da lagoa”.

Josenildo Santos também é pescador e disse que faltou deixar a população orientada sobre este novo procedimento a ser feito na lagoa. “Nenhum trabalho deste pode ser feito sem que se entre em contato com a Federação dos Pescadores ou com a Colônia dos Pescadores.

A Braskem informou, à TV Gazeta, que marcou uma reunião, para a tarde desta quarta-feira, com representantes destas entidades, para explicar detalhadamente o tipo de trabalho a ser feito no complexo lagunar.

Por Thiago Gomes | com TV Gazeta