O presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), deputado Marcelo Victor deixará o comando do Solidariedade (SD) em Alagoas para assumir o PSL.

Além de admitir a troca de partido, o parlamentar confirmou também, em contato com a reportagem da Tribuna, que a sua atual legenda irá apoiar a candidatura de seu colega de Parlamento, Davi Davino Filho (PP) para prefeito de Maceió nas eleições deste ano.

Marcelo Victor explicou que ainda avalia o melhor momento para assumir o diretório estadual do PSL. A ida para o partido não deve ocorrer de imediato, já que o deputado ainda tem dois anos de mandato na ALE e as pretensões do presidente da ALE estariam ligadas às eleições de 2022.

A legenda que conta com uma das maiores bancadas na Câmara dos Deputados quer ter um parlamentar de Alagoas em Brasília e o nome de Marcelo Victor foi o escolhido.

O convite para o presidente do Poder Legislativo assumir o PSL em Alagoas partiu do presidente nacional da legenda, deputado federal por Pernambuco, Luciano Bivar, em reunião realizada esta semana em Brasília. A ocasião serviu também para que o PSL fechasse um acordo com o PP, de Arthur Lira, para apoiar Davi Davino Filho nas eleições de Maceió. O partido pode indicar o candidato a vice da chapa majoritária.

Câmara de maceió

Ainda na presidência do PSL em Alagoas, o policial federal Flávio Moreno confirmou que o comando da legenda mudará de mãos no estado e disse que irá continuar no partido presidindo o diretório partidário de Maceió.

“Continuo no PSL e irei comandar a chapa de pré-candidatos a vereadores de Maceió, na qual pretendemos eleger três vereadores”, pontou Flávio Moreno.

Fundo Eleitoral

O PSL atualmente é a menina dos olhos no cenário político já que tem uma das maiores bancadas em Brasília – muito por conta da eleição e popularidade do presidente da República, Jair Bolsonaro – o que faz a legenda oferecer uma considerável estrutura de campanha, inclusive com bom tempo de rádio e TV no guia eleitoral dos candidatos.

O partido terá um reforço de R$245 milhões para as eleições deste ano no fundo eleitoral.

Além disso, o PSL recebeu a maior fatia do fundo partidário em 2019.

Fundo partidário este que gerou uma guerra interna no partido entre Luciano Bivar e Jair Bolsonaro. O que culminou na saída do presidente da República e de alguns deputados bolsonaristas da legenda.

Jair Bolsonaro chegou a cogitar recorrer à Justiça para congelar os repasses do fundo partidário, diante do volume destinado ao PSL para as eleições municipais que irão ocorrer em outubro.

Fonte: Tribuna Independente / Carlos Victor Costa