Pela segunda vez, esta semana, o deputado Antônio Albuquerque (PTB) reagiu ao modelo de isolamento social, que considera ser “exagerado e pirotécnico” para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. O parlamentar afirmou, na manhã desta sexta-feira (27), durante sessão ordinária virtual da Assembleia Legislativa (ALE), que o confinamento é “absurdo” e defendeu a reabertura do comércio, em Alagoas, para evitar colapso na economia.

“Acho que posso ser mal compreendido. Na sessão passada, fiz menção a atos de demagogia praticados por alguns entes políticos, que se posicionam como verdadeiros heróis das histórias em quadrinhos, salvando o mundo e doando a própria vida. O vírus deve ser enfrentado, sim, mas de maneira racional, equilibrada”, analisou.

Albuquerque falou que a sociedade, se continuar isolada, caminhará a passos largos para a insolvência. “Que contradição gigantesca é esta? O caminhoneiro que transporta as mercadorias tem a viagem comprometida porque não tem uma churrascaria no caminho para ele parar e comer. E o porteiro do prédio, o policial, o médico, o bombeiro, o entregador de comidas não são seres humanos também?”, questionou.

Segundo ele, o país, do ponto de vista econômico, não vai aguentar a quarentena por muito tempo. “Tenho recebido milhares de reclamações de trabalhadores desesperados com o futuro. O Brasil tem mais de 30 milhões de pessoas na informalidade. E o que vemos, neste momento, é uma politicagem generalizada, uma demagogia desmedida e desproporcional”.

Ele ainda criticou medidas adotadas por alguns prefeitos alagoanos em bloquear os acessos dos municípios e montar barreiras sanitárias. Na opinião de Antônio Albuquerque, seria uma atitude irresponsável espalhar areia e impedir a entrada de veículos com placas de outras cidades.

O deputado saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro e criticou a atuação da grande mídia, que, na avaliação dele, estaria atuando de maneira criminosa contra a gestão do Governo Federal.

Em aparte, a deputada Jó Pereira (MDB) disse entender a preocupação do colega, mas argumentou que o momento de isolamento é necessário para que o poder público possa agir no sentido de ampliar a capacidade de atendimento e de insumos nos hospitais. “Não podemos passar este momento sem que percebamos a efetiva e rápida ação do poder público”.

Por Thiago Gomes | Portal Gazetaweb.com