O diabetes aparece como a mais frequente comorbidade entre os óbitos confirmados por Covid-19 em Alagoas. É o que aponta o mais recente boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), divulgado no fim da tarde dessa sexta-feira (12).

A doença que provoca alteração na taxa de glicose no sangue acometia 286 pacientes que morreram com o novo coronavírus no Estado e está bem à frente nos números que outras patologias observadas.

Chama a atenção, ainda, a quantidade de pessoas que entraram em óbito a partir de complicações da Covid-19 e que não tinham histórico de comorbidades. São 204 pacientes com este perfil, figurando a segunda posição na relação feita pelas autoridades de saúde.

O relatório aponta, também, que 156 tinham hipertensão arterial, 119 eram cardiopatas, 43 tinham doenças no pulmão, 33 apresentavam enfermidade nos rins e 30 tinham obesidade. Outros 37 óbitos estão em investigação para apresentação de comorbidades atreladas e mais 49 tinham tipos variados de patologias.

A Sociedade Brasileira de Diabetes esclareceu que o risco de complicações na pessoa com diabetes bem controlado é menor, tanto para o diabetes tipo 1 quanto para o tipo 2. Os resultados piores são para pessoas com longa história da enfermidade, mau controle metabólico, presença de complicações e doenças concomitantes e especialmente os idosos (>60 anos), independente do tipo de diabetes.

Explicou, ainda, que a baixa imunidade na pessoa com diabetes está ligada à elevação do açúcar no sangue, não à falta de produção de insulina. Por isso, o controle da glicemia, através de monitorização, uso adequado da insulina ou medicação oral, alimentação equilibrada e exercício físico, vai permitir que a pessoa com diabetes enfrente o coronavírus com menos riscos à sua saúde.

A pessoa com diabetes que está muito acima do peso também pode ter a imunidade afetada por ter maior inflamação desenvolvida por este excesso de peso.

Por Thiago Gomes | Portal Gazetaweb.com
FOTO: Adilson dos Santos/Ascom Quiss